CULTURAS

Café: MEP no Pacote de Soluções da Coopercitrus

Em 1980, o MIP-Manejo Integrado de Pragas do Café nascia pela primeira vez da Tese de Livre Docência “Estratégias e Táticas de Manejo Integrado do Bicho Mineiro do Café (BMC) Leucoptera(Perileucoptera) coffeella (Guérin-Ménèville, 1842) em Café (Coffea arabica) L., 1753) Cultivar Mundo Novo”. Teve como base o Bicho Mineiro do Café (BMC), mas aplica-se para a Broca do Café (BdoC), que já foi muito mais estudada e outras pragas também. Mais recentemente, com o aumento do uso do controle biológico no Agronegócio em geral, mudamos para MEP – Manejo Ecológico de Pragas, que também é o nome da nossa coluna.
MEP-Café. Como o café vem de uma crise por intempéries (seca e geada) é uma oportunidade para os cafeicultores interessados em seguir as orientações de sustentabilidade com certificações, já retomar suas produções sob sistema ecológico que o MEP pode oferecer. O sistema MEP-Café segue 4 princípios básicos para se manter firme nos objetivos a longo prazo: 1. A primeira consideração do cafeicultor é não ignorar os inimigos naturais chaves que podem substituir os inseticidas pelo controle biológico das 2 pragas chaves (broca e bicho mineiro); 2. Amostragem, monitoramento para uso dos níveis de ação e de não-ação, ou seja, de acordo com a população do inimigo natural chave e da praga chave, para agirmos ou não (Inspetor de Pragas); 3. Seletividade dos produtos químicos e quando não, aplicação seletiva de produto não seletivo, mas sempre evitar estes produtos, como os piretróides, alguns fosforados e carbamatos etc. Este princípio inclui obrigatoriamente o manejo de resistência das pragas aos produtos químicos; 4. Manipulação ambiental visando biodiversidade que favorece a vida dos inimigos naturais, como manter cobertura vegetal adequada com manejo adequado nas entrelinhas.

Caso Histórico. A primeira grande chance de aplicar o MEP foi visando o manejo de resistência no café do Oeste Baiano em 2014 a 2015. Para isso foi feito treinamento de Inspetores e de Manejadores de Pragas a pedido da DuPont e com apoio da Fundação Bahia. Para interagir com a região, 5 fazendas voluntárias para instalação do MEP com 6 a 8 talhões demonstrativos cada e disseminar a prática para todos da região. Das 5 fazendas, 4 tinham evidências do trabalho da vespa na predação do BMC. Em resumo o MEP saiu desta experiência pronto para se dar início na implementação em uma propriedade de café onde um Inspetor de Praga treinado amostraria os talhões divididos para pulverizar ou não com produto biológico Beauveria contra a broca e liberar o crisopídeos predadores com drone para o bicho mineiro caso o Inspetor disser que é necessário complementar o trabalho da vespa Brachygastra. O MEP passa a ser valor agregado a uma cafeicultura com alta tecnologia caminhando para ter selo regional de qualidade.

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