A cana-de-açúcar está longe de ser uma atividade simples, pelo menos para quem busca maximizar a rentabilidade. Não existe uma receita pronta para equilibrar os custos de produção com os tratos que a cultura exige. O cooperado Lucas Lancha Oliveira é um exemplo de como a adoção de tecnologias e um manejo eficiente podem impulsionar os resultados na produção de cana.
Membro de uma família tradicional na produção de café, Lancha vem se destacando pelos bons resultados na produção canavieira na região de Ituverava (SP). Há quatro anos ele assumiu as operações de uma propriedade de cana da família que estava arrendada e decidiu investir em manejo eficiente com o objetivo de extrair o máximo potencial da área de 1.200 hectares.
Para alcançar os melhores resultados, Lancha encontrou na Coopercitrus uma aliada para garantir o suporte em todas as etapas da produção. A parceria envolve um protocolo de manejo que abrange nutrição, tratos e a implementação de tecnologias. Segundo o gerente da Coopercitrus de Uberaba (MG), Adriano Veronez, que acompanhou de perto o processo, o destaque vai para a confiança nas recomendações da cooperativa: “Apresentamos as tecnologias e fazemos as recomendações. E o produtor tem aceitado as orientações do time”, enfatiza.
“Temos produzido muito bem no canavial que é relativamente novo; estamos caminhando para o quinto corte. Estamos fazendo a tarefa de casa, procurando fazer no tempo certo, com a quantidade e os produtos certos. Acompanhamos e monitoramos a lavoura toda a semana e tivemos a felicidade de aplicar exatamente o que é necessário, com adubação, herbicida e agricultura de precisão”, revela o cooperado.
“No ano passado, o cooperado saiu de uma produção de 99 toneladas por hectare e atingiu três dígitos, com uma média de 116 toneladas. O nosso foco é que ele colha benefícios e a nossa sensação é de dever cumprido, pois a cooperativa tem feito e oferecido o que o cooperado espera”, revela Veronez.
Otimista, Lancha estima resultados ainda melhores para essa safra: “As médias estão satisfatórias e as chuvas deste ano, associadas ao nosso trabalho, nos ajudaram bastante. Acredito que vamos conseguir bons resultados de produtividade. Seguindo as recomendações, todos podem alcançar boas médias. Estamos em melhoria contínua de aprendizado no jeito de fazer. Apoiamos muito a usina que é uma grande parceira e está sempre trazendo novidades, palestras, mostras e testes de produtos para utilizarmos. Esse é um trabalho em conjunto”, enfatiza.
Manejo eficiente
O pacote de tecnologias aplicadas pelo cooperado começou com a análise de solo georreferenciada por meio do Geofert, e a correção de solo com aplicação de insumos em taxa variada.
“Fizemos calagem, gessagem e fosfatagem para melhorar o nível de fertilidade do solo. Passamos a trabalhar com inseticidas e nematicidas no corte de soqueira e aplicação de nutrição vegetal. Inovamos e mudamos formulações de adubo”, conta Lancha.
“Recomendamos o uso de fertilizante tanto na base quanto depois nas áreas de soca, de acordo com a necessidade da cultura. Com base nas análises, definimos as aplicações de herbicidas, inseticidas e fungicidas. Também realizamos um levantamento de pragas e plantas invasoras e, a partir desse resultado, definimos os defensivos com melhor custo-benefício”, complementa o gerente.
Entre as inovações que trouxeram excelentes resultados, Lancha destaca a aplicação de maturador para aumentar os teores de açúcar por hectare (TAH) e o uso do inibidor de florescimento para garantir a qualidade da produção.
“Usamos o inibidor em algumas variedades e, em alguns testes, notamos que não teve isoporização nesses talhões. Acredito que foi uma escolha assertiva, mas ainda estamos aprendendo”, relata Lancha.
Cristiano Amaral, especialista em cana-de-açúcar da Coopercitrus, explica que a aplicação dos inibidores florais deve ser feita entre fevereiro e março para evitar o florescimento nos meses de junho e julho. “Desde que bem monitorados e feitos na dose certa, os inibidores trazem um bom retorno ao produtor. Este ano tivemos floração em canaviais, mas onde aplicamos o inibidor, a cana não chochou e não tivemos a isoporização. Com isso, a cana ficou mais sadia e mais pesada”, destaca.
Inovações que surpreendem
A introdução da agricultura de precisão, como o drone de pulverização, foi uma grata surpresa para Lancha. O drone permitiu alcançar áreas de difícil acesso, garantindo uma cobertura mais eficaz das plantas mesmo em dias chuvosos.
“Foi um ótimo controle não só de broca, mas para aplicação do inibidor, fungicida e até mesmo de produtos foliares. É uma ferramenta muito importante para a aplicação de insumos, e a autonomia vem sendo melhorada. É um investimento que dá retorno”, destaca.
Apesar do receio inicial de custos elevados, o investimento em tecnologias trouxe eficiência e redução de custos. “Temos usado menos água nas pulverizações, além de reduzir a quantidade de consumo de defensivos. Se não investirmos na agricultura de precisão, ficaremos para trás no mercado”, analisa.
Com um olhar para o futuro da produção agrícola, Lancha reforça o papel essencial da Coopercitrus em sua trajetória. “A cooperativa me trouxe muito conhecimento, apresentando muitas novidades que eu não sabia que existiam. Com o auxílio da cooperativa eu fui aplicando na área, e hoje a Coopercitrus vem sendo um braço importante na nossa jornada de trabalho,” conclui.
Tecnologias adotadas pelo cooperado
- Geofert: Análise de solo georreferenciada para ajustar insumos conforme a necessidade da cultura.
- Aplicação a Taxa Variada: Ajuste preciso de insumos para otimização dos recursos.
- Drone Agrícola: Ferramenta eficaz para aplicação localizada, permitindo maior precisão e uso racional dos insumos.
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