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Longevidade da cana sem segredo

Com o suporte da Coopercitrus, cooperados aprimoram os tratos e alcançam resultados excepcionais, prolongando a vida útil do canavial e reduzindo custos.

A reforma do canavial para a implantação de um novo ciclo da cultura é uma etapa inevitável na produção da cana-de-açúcar, mas também representa um dos maiores custos para o produtor. Com valores médios de R$16.300, a formação de um hectare de plantio após a reforma do canavial é uma decisão que pesa no bolso e na produtividade da lavoura. Por isso, investir em tecnologias que contribuam para aumentar a longevidade do canavial é uma decisão econômica e estratégica.

A vida útil média de um canavial no Brasil, sem considerar técnicas especiais de manejo, é de 3 a 7 cortes, o que geralmente corresponde a cerca de 5 a 7 anos. Diversos fatores influenciam esse prazo, como o tipo do solo, as variedades de cana, as condições climáticas e as práticas de cultivo. No entanto, com práticas de manejo como controle de pragas e doenças, nutrição e cuidados com o solo, a longevidade do canavial pode ser estendida para mais de 10 anos com produtividade viável.

Marcus Alves, especialista em cana-de-açúcar da Coopercitrus, destaca que a cultura é altamente responsiva aos tratamentos. “Desde o preparo do solo, a adubação e a correção para criar um perfil de solo profundo até o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, além do aporte nutricional via folha, tudo isso é crucial. Seguindo essas práticas, garantimos um bom suporte para a cultura, estendendo a longevidade do canavial para seis, sete, oito, dez, ou às vezes mais cortes. Isso permite que o produtor amortize os custos e tenha maior rentabilidade”, afirma.

Gustavo Gregorini:
Ganhando 3 anos a mais nos canaviais da Fazenda Santana, em Taiaçu-SP

O cooperado Gustavo Gregorini enfrentou um grande desafio com a mecanização de sua lavoura. “Antes, com a queima da cana, o fogo era uma forma de controle de pragas. Com a mecanização veio a palha e, com ela, o aumento de pragas como sphenophorus, broca, nematóides, cigarrinha e doenças fúngicas”, relata Gregorini. A solução foi adotar novas práticas de manejo e se adequar às novas normas.

Com o apoio da Coopercitrus e investindo no preparo adequado do solo e controle de pragas, ele conseguiu prolongar a vida útil dos canaviais da Fazenda Santana, em Taiaçu, interior de São Paulo, em até três anos.

“A idade média dos canaviais passou de cinco para oito anos. Para se ter uma ideia, eu reformava cerca de 100 hectares por ano. Nos últimos dois anos, reformei apenas 35 hectares e, para este ano de 2024, não vou precisar reformar nenhum. Eu já vinha tendo uma economia considerável e este ano, o retorno será ainda melhor”, comemora.

Gustavo Gregorini

Aumentou a longevidade do canavial, passando de 5 para 8 anos de média. 

Antes, reformava 100 hectares por ano. Reduziu para 35 e, em 2024 não precisará renovar. 

O que ele fazia antes

1. Aplicação sem planejamento: Utilização de tecnologias fora do momento adequado para o controle, prática que não era eficiente no combate de pragas.

2. Preparo básico do solo: Técnicas de preparo do solo limitadas e não adaptadas às novas realidades da mecanização.

Estratégias de manejo implementadas:

1. Análise e preparo do solo: Gregorini investiu em análises regulares do solo, aplicação de gesso, calagem, fosfatagem e sistematização do terreno. “Fazemos a adequação do solo e escolhemos a variedade correta para o tipo de solo”, explica.

2. Controle integrado de pragas: Uso de defensivos biológicos e químicos. “Passei a investir nos biológicos há três anos e a experiência tem sido fantástica. Quase metade do controle de pragas é feito com biológicos”, destaca.

3. Monitoramento contínuo: Acompanhamento constante das condições do canavial e ajuste das técnicas conforme necessário.4. Investimento em tecnologias: Aquisição de um pulverizador para garantir que as aplicações ocorram no momento certo de controle da praga, permitindo uma aplicação mais precisa e eficaz.

O protocolo de plantio é bastante completo, começando com a análise e preparo do solo: “Fazemos a adequação do solo investindo em gesso, calagem, fosfato, sistematização do terreno, escolha da variedade correta e os tratos culturais, além de monitorarmos as pragas e doenças”.

“A sistematização de plantio e a subsolagem são fundamentais para o preparo do solo. Após uma chuva de 80 milímetros, pude ver isso na prática: nas áreas sem subsolagem um açude se formou nas curvas, enquanto nas áreas com subsolagem isso não aconteceu”, explica Gregorini.

Para melhorar o controle de pragas, há cerca de dois anos, o cooperado investiu em um pulverizador Valtra BS 6030. “Antes, não tínhamos um equipamento que realizasse o controle de pragas no momento certo. Às vezes eu precisava antecipar a aplicação, mesmo estando fora do nível de dano econômico. Isso gerava desperdício de produto e não trazia resultado. Agora, consigo acertar o ponto certo de controle da praga com uma aplicação mais precisa e eficaz”.

Com todas essas práticas, a idade média de reforma dos canaviais passou de quatro para oito anos, e a produtividade média saltou de 80 para 120 toneladas por hectare. 

O manejo integrado com o uso de defensivos biológicos é outra aposta de Gregorini. “Com o passar dos anos, os produtos avançaram e evoluíram, mostrando eficiência. Passei a investir nos biológicos há três anos e a experiência tem sido fantástica. Atualmente, fazemos o consórcio do biológico com o químico”.

Gregorini valoriza o suporte técnico oferecido pelo time de especialistas e agrônomos da Coopercitrus. “Eu sigo as recomendações da cooperativa na escolha e validação dos produtos. Sempre que surge alguma dúvida, pergunto a eles. Essa troca de informações sobre experimentos bem-sucedidos é essencial”, destaca Gregorini, que está sempre aberto a novas ideias e inovações.

Luiz Aparecido de Andrade
Elevando a Produtividade na Fazenda Nossa Senhora da Aparecida, Barretos-SP

Após anos de manejo ineficiente que resultaram em uma drástica queda de produtividade, Luiz Aparecido retomou o controle do canavial. O ponto de virada começou em 2022, em parceria com a Coopercitrus, e a resposta veio rápida. “A produtividade subiu de 57 para 114 toneladas por hectare. Isso somente porque passamos a seguir um planejamento, utilizando os produtos adequados no momento certo”, relata Márcio José Meneguel, técnico agrícola responsável pela gestão. “Inclusive, fomos premiados pela usina como os maiores fornecedores de cana”, celebra.

Com o conjunto de boas práticas, a área de renovação tem sido reduzida a cada ano. “Antes, eram 2.600 hectares por ano. Em 2023, reduzimos para 1.600 hectares e, este ano, vamos renovar 1.400 hectares”, afirma Meneguel.

Luiz Aparecido de Andrade

Ampliou a produtividade de 57 para 118 toneladas por hectares de média. 

Reduziu a área de renovação de 2.600 para 1.600 hectares. 

Recebeu prêmio da Usina Tereos como maior fornecedor do grupo.

O que ele fazia antes:

1. Manejo ineficiente: Operações agrícolas realizadas fora da época adequada, sem controle direto sobre as práticas de manejo.

2. Falta de planejamento: Ausência de um plano de manejo eficiente, levando à baixa produtividade e alta incidência de pragas e doenças.

Estratégias de manejo implementadas

1. Análise de solo e nutrição: Identificação de problemas como a alta incidência de nematoides e adoção de um manejo adequado. “Análises de solo mostravam uma infestação de nematoides fora do normal, estava altíssima. Investimos no uso de biológicos com químicos e hoje utilizamos apenas os biológicos”, explica Edmar Fernandes, consultor técnico comercial da Coopercitrus.

2. Planejamento: Implementação de tecnologias como o sistema de monitoramento via satélite, que auxilia na tomada de decisões com base em dados precisos sobre biomassa e infestação de pragas.

3. Adubação: Uso criterioso de nutrientes e foliares para garantir a saúde e o vigor da planta. “Com esse conjunto de boas práticas, conseguimos postergar a reforma para o sexto corte e reduzir a área de renovação anualmente”, complementa Meneguel.4. Uso de tecnologia: Com o suporte da Coopercitrus, Luiz passou a aproveitar melhor as campanhas e a plataforma de resgate de benefícios.

Edmar Fernandes, Consultor Técnico da Coopercitrus, acompanha de perto a produção do grupo, que confia na cooperativa para todas as recomendações técnicas e posicionamento de produtos. “Passamos a fazer controle de nematóides com produtos biológicos, implantamos tratos no corte de soqueira com pacotes de produtos que superaram as expectativas”.
Combinando produtos biológicos e químicos para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Esse kit também contém tecnologias que fixam nitrogênio no solo, promovem o crescimento e melhoram a absorção de nutrientes, além de bioestimulantes que aumentam o vigor e ajudam a planta a enfrentar o estresse climático.

Outra mudança significativa foi a adoção de tecnologias digitais que têm contribuído para decisões mais eficientes e redução de custos. Entre essas inovações está a Xarvio, em parceria com a Basf. “O sistema oferece suporte a monitoramento via satélite por imagem do canavial, identificando infestações ou a necessidade de aplicação de produtos. Estamos começando a utilizá-lo e a economia é significativa; estamos economizando 96% devido à aplicação localizada. É mais uma ferramenta para diminuir custos e aumentar a produtividade”, completa Meneguel.

Além disso, o cooperado passou a aproveitar melhor campanhas de pontos das empresas parceiras. “Conseguimos trocar pontos por celular, computador e já estamos planejando retirar um drone”, conta Meneguel.

Boas Práticas para um Canavial Duradouro

  •  Seleção de variedades: Escolher variedades de cana adaptadas às condições locais pode reduzir a necessidade de intervenções e prolongar o ciclo de vida da lavoura.
  • Manejo do solo: A manutenção da estrutura e fertilidade do solo é fundamental. Práticas como plantio direto, rotação de culturas e o uso de cobertura vegetal ajudam a preservar a qualidade do solo.
  •  Adubação adequada do solo e em cobertura: Uma nutrição equilibrada é essencial para o desenvolvimento saudável da cana e para sustentar altos níveis de produção ao longo do tempo.
  • Controle integrado de pragas: A combinação de métodos biológicos, químicos e culturais para o controle de pragas pode minimizar os danos e manter a saúde do canavial.
  • Colheita adequada: Realizar a colheita no momento certo e de maneira adequada é importante para preservar a vitalidade da soqueira e permitir mais ciclos de corte.
  • Cuidados com o tráfego de máquinas: para evitar a compactação do solo, o uso de cultivares adaptadas às condições locais. 

A implementação dessas práticas pode ajudar a prolongar a vida útil do canavial e melhorar a sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar.

Conte com a Coopercitrus

A Coopercitrus está comprometida em fazer a tecnologia desembarcar no campo por meio da prestação de serviços e de uma equipe de especialistas que auxiliam os cooperados a fazer o planejamento do plantio à colheita. Para mais informações e suporte, entre em contato com a Coopercitrus mais próxima.

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