CULTURAS

Produtor de banana de MG atinge produtividade acima da média nacional

Com cuidado no manejo e uso de tecnologia, cooperado supera a média nacional. Além do cultivo de banana, a família é referência na produção de café e grãos.

Há mais de 20 anos, a família Rodrigues decidiu apostar na bananicultura como uma alternativa à crise do café. Com o tempo, a produção de variedades como a prata anã se tornou um negócio promissor, ocupando os 60 hectares antes destinados ao café. 

Na região norte de Minas Gerais, em Delfinópolis; os cooperados Ivaltenir e Josialba Maia Rodrigues se destacam pela produtividade da banana prata, com média de 30,5 toneladas por hectare, acima da média nacional de 15 toneladas – e da média estadual de 16 toneladas. A produção tem como destino as centrais de abastecimento das cidades de Campinas, Jundiaí, Sorocaba e São Paulo. 

Nas palavras do cooperado, produzir banana é uma tarefa desafiadora, que requer muitos cuidados e detalhes para garantir a qualidade e rendimento da colheita. O segredo da alta produtividade está nos detalhes, e a colheita é a etapa mais delicada do processo. É importante colher o cacho que tenha a idade e o calibre desejado e dar o melhor tratamento para obter o maior rendimento.  

Rodrigues explica que o processo começa com o corte dos cachos, que são transportados pendurados em carretas até serem despejados em piscinas para a limpeza e classificação. Os cachos são classificados pela quantidade de frutas, cor e tamanho. O sucesso da colheita é fundamental para garantir bom rendimento ao produtor: “Após a colheita, a fruta tem cinco dias de durabilidade. Depois disso, ela escurece e o comprador não tem mais interesse”, explica o agricultor.  

Apesar da região ser propícia para o cultivo da banana, o clima é o principal desafio da atividade. “Já enfrentamos situações em que o bananal estava bonito, progredindo e em 15 minutos de chuva de pedra, acabou com toda a produção”, relembra. 

A família Rodrigues conta com o suporte da Coopercitrus para o fornecimento de insumos, tecnologias e orientações – contribuindo para resultados cada vez mais interessantes.  

“A Coopercitrus presta serviços na análise de solo e acompanhamento no combate a pragas e doenças e temos acompanhado a evolução na produtividade. Os produtores estudaram a viabilidade do negócio na região, em termos de logística, clima e solo e têm seguido todas as orientações para produzir uma fruta de qualidade”, ressalta o consultor técnico da Coopercitrus, Reginaldo Castro. 

A relação com a Cooperativa tem sido muito positiva para o agricultor, que tem recebido todo o suporte necessário para manter sua plantação em excelentes condições e obter um custo/benefício adequado. 

“A Coopercitrus atende tudo que necessitamos e tem superado as nossas expectativas em diferentes frentes”, elogia o produtor. Seguindo as orientações da cooperativa, a família tem conseguido aumentar a produtividade e produzir uma fruta de qualidade. 

Tecnologias modernizam a produção de bananas 

A adoção de tecnologias no cultivo da banana tem sido uma estratégia para melhorar a eficiência e rentabilidade dos produtores. O sistema de irrigação por microaspersão, por exemplo, é um investimento que tem dado resultados satisfatórios. Com a aplicação da água e de produtos químicos em frações do solo explorado pelas raízes das plantas, em faixas contínuas ou circulares, o uso dos insumos é otimizado. “Trata-se de um bico de três metros e meio de distância um ao lado do outro, com altura entre 40 e 45 centímetros, girando e espalhando a água até em dois metros”, explica o agricultor. 

Outra tecnologia adotada pela família é o drone Agras DJ T40, adquirido pela Coopercitrus. Esse equipamento permitirá melhorias na aplicação de fungicidas e na irrigação. “Vamos fazer essas trocas devagar. Também projetamos melhorias nas aplicações de fungicidas”, complementa o agricultor. 

A Coopercitrus, por sua vez, oferece suporte especializado em campo, com orientações aos produtores rurais para praticarem uma agricultura sustentável e agregarem valor à produção. A cooperativa disponibiliza todos os insumos, máquinas e implementos necessários. Além da banana, a família também se dedica à produção de café, milho, soja e criação de gado de leite, contando com a ajuda da Coopercitrus. 

A atividade agrícola é o elo entre a família, que já está na terceira geração de produtores rurais. O ofício do pai Ivaltenir despertou nos filhos Guilherme e Maurício a paixão pelo trabalho no campo. Os dois são formados em Engenharia Agronômica e trabalham ao lado do pai incentivando-o a investir na tecnificação. Guilherme é responsável pela produção de bananas, enquanto Maurício se dedica à pecuária leiteira.  

Com tanto empenho, o pai tem motivos de sobra para se orgulhar: “É muito gratificante e é um sonho realizado. Daqui alguns dias já posso me aposentar”, brinca o pai, emocionado com a participação dos filhos na gestão da fazenda.  

Para Guilherme, o sucesso é resultado de muito trabalho e aprendizado, atuando ao lado do pai. “Temos que ter muito carinho e cuidado com a fruta para não a machucar. A experiência tem sido maravilhosa”, afirma. 

Gerir a fazenda, no entanto, não é tarefa fácil. É preciso estar atento ao mercado, já que o preço da fruta oscila toda semana. Para isso, Guilherme conta com o apoio de uma associação que ajuda a definir preços justos por meio de reuniões semanais com votação dos membros. 

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