Com trajetória no setor corporativo e raízes no agro, conselheira fortalece a transparência e a diversidade no Conselho Fiscal da cooperativa
Com formação em Farmácia Bioquímica pela Unesp e MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas, Priscila Delanez Brito construiu uma sólida carreira em grandes corporações da indústria farmacêutica, como a Sanofi Medley. Em 2020, decidiu dar um novo rumo à sua trajetória: assumiu, ao lado do marido, os negócios da família em Bebedouro (SP), tanto no setor agrícola quanto no hoteleiro, após o falecimento do pai, cuja trajetória já estava ligada à Coopercitrus.
“A minha história com o agro começou com meu pai, que trabalhou na antiga Frutesp, depois Louis Dreyfus. Com o tempo, ele foi adquirindo propriedades. Quando ele faleceu, eu e meu esposo decidimos mudar nossas vidas e assumir os negócios da família”, relembra Priscila.
O papel do Conselho Fiscal
Parte essencial da estrutura de governança da Coopercitrus, o Conselho Fiscal atua de forma autônoma para garantir a transparência da gestão financeira da cooperativa. De acordo com Matheus Marino, presidente do Conselho de Administração, esse colegiado analisa, mensalmente, dados como o balancete, o faturamento, a estrutura de custos e as despesas financeiras.
“É um órgão que analisa o balancete mensal, o faturamento, a estrutura de custos, a margem do negócio e as despesas financeiras. Isso dá credibilidade e nos permite acompanhar de perto o que acontece dentro da cooperativa”, explica Marino.
Com reuniões mensais, o Conselho Fiscal avalia os resultados e discute ajustes e melhorias. “Os dados são sempre apresentados com foco em eficiência, economia, melhoria na entrega e qualidade dos produtos, sem perder de vista o cooperado. Temos a chance de acompanhar o crescimento e a credibilidade da Coopercitrus, que é auditada por auditorias renomadas”, afirma Priscila.
A autonomia também é um diferencial: as reuniões do Conselho Fiscal ocorrem de forma independente do Conselho de Administração, garantindo liberdade para solicitar informações e propor melhorias. “Temos acesso direto à controladoria e à diretoria financeira. Isso faz parte da boa governança”, completa Marino.
Visão feminina na governança
Para o presidente do Conselho de Administração, a presença de mulheres nos espaços de governança traz olhares complementares e uma percepção diferenciada.
“A mulher tem uma sensibilidade que, muitas vezes, permite enxergar detalhes e prever cenários que passam despercebidos para nós, homens. A participação da Priscila agrega muito ao nosso processo decisório”, destaca Marino.
Delanez reforça essa visão. Segundo ela, sua experiência no ambiente corporativo contribui com uma perspectiva estratégica e multidisciplinar. “A Coopercitrus vai além do regional. Sua dimensão, faturamento e impacto mostram o quanto ela é relevante para o agronegócio nacional, conectando pequenos produtores a grandes negócios familiares”, afirma.
Transição com propósito
A mudança para o campo foi um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. O apoio da cooperativa foi essencial nesse processo.
“A Coopercitrus foi uma aliada desde o início. Seus representantes, equipe técnica e força de vendas nos ajudaram a entender as melhores práticas, produtos e estratégias. Isso nos deu segurança para seguir adiante”, comenta Priscila.
Ela e o marido, que também atuou em grandes multinacionais, hoje dividem a gestão dos negócios da família. “A vivência anterior nos preparou para atuar com mais eficiência e visão de futuro”, complementa.