Coopercitrus prestigia evento em Uberaba-MG e fortalece parceria com fornecedores de cana da região
A abertura oficial da safra mineira de açúcar e etanol 2025/2026, realizada no dia 25 de abril, na Usina Vale do Tijuco, da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), em Uberaba, marcou o início de mais um ciclo produtivo para o setor sucroenergético de Minas Gerais. A Coopercitrus esteve presente no evento, reforçando seu compromisso com os produtores da região e fortalecendo o relacionamento com os fornecedores de cana cooperados.
José Francisco dos Santos, cooperado da Coopercitrus e diretor da CMAA, celebrou a participação expressiva no evento e compartilhou sua visão sobre o sucesso na atividade rural. “Este é um evento muito esperado, e neste ano foi especial. Teve muita gente, foi muito bom. Eu atribuo o sucesso a duas coisas: ser verdadeiro e ter consistência. Qualquer negócio feito com verdade tem tudo para dar certo. Não adianta querer começar grande. Tem que ir passo a passo, com firmeza, que um dia a gente chega lá”, comenta.
O evento reuniu autoridades, produtores, técnicos e representantes do setor para debater perspectivas, apresentar tecnologias e celebrar os 50 anos do Proálcool – programa que consolidou o uso do etanol como alternativa energética no Brasil. Durante a cerimônia foram apresentados os números da safra, os desafios enfrentados com o clima e os investimentos previstos para o desenvolvimento da produção.
Perspectivas para a safra
A expectativa para a nova safra é de uma leve retração na produção. Segundo a SIAMIG Bioenergia, a colheita deve atingir 77,2 milhões de toneladas, representando uma queda de 7,1% em relação à safra anterior. O recuo se deve à estiagem prolongada ao longo de 2024 e ao volume de chuvas abaixo da média durante a entressafra, o que impactou negativamente a produtividade agrícola.
Apesar do cenário desafiador, o estado de Minas Gerais mantém sua posição de destaque como o segundo maior produtor nacional de cana, com crescimento de 9,8% na área plantada, que passa a totalizar 1,23 milhão de hectares. “Mesmo com os impactos do clima, Minas Gerais continua sua trajetória de crescimento”, destacou Mário Campos, presidente da SIAMIG.
🔍 Dados da safra 2025/2026 em Minas Gerais
- Produção estimada: 77,2 milhões de toneladas (-7,1%)
- Área plantada: 1,23 milhão de hectares (+9,8%)
- ATR por tonelada: queda de 2,3%
- Produção de açúcar: 5,32 milhões de toneladas
- Etanol: 3 bilhões de litros
- Etanol anidro: aumento de 6,6%
Durante o encontro, os 50 anos do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) também foram celebrados, reconhecendo sua importância na construção do mercado de energias renováveis no Brasil. A programação incluiu palestras, homenagens e troca de experiências sobre as tendências da canavicultura.
Outro destaque da safra é a mudança no mix de produção: 52,4% da cana será destinada ao açúcar e 47,6% ao etanol, o que mostra uma leve ampliação do foco açucareiro. A expectativa é também de aumento na produção de etanol anidro, impulsionada pela possível elevação do percentual de mistura à gasolina.
A cadeia sucroenergética mineira está presente em 110 municípios e emprega mais de 190 mil pessoas, direta e indiretamente. Esses números demonstram a relevância econômica e social do setor, especialmente no Triângulo Mineiro.
Investimentos e geração de empregos
Durante o evento, a CMAA destacou seus planos de investimento de R$ 3,5 bilhões até 2033 para ampliar a capacidade de moagem e produção nas unidades de Uberaba, Limeira do Oeste e Canápolis. A iniciativa deve gerar 1.350 novos empregos diretos, além de consolidar um faturamento previsto de R$ 3,5 bilhões já em 2025.
“Os investimentos demonstram nossa confiança no crescimento do mercado de bioenergia em Minas Gerais, que se consolida como um dos pilares do agronegócio nacional. Acreditamos plenamente no futuro do setor como fonte estratégica na transição para uma economia de baixo carbono”, afirmou Carlos Eduardo Turchetto Santos, CEO da CMAA.
Para os cooperados da Coopercitrus, essa movimentação representa mais oportunidades de crescimento, acesso a novas tecnologias e ampliação da competitividade.