A reforma do canavial para a implantação de um novo ciclo da cultura é uma etapa inevitável na produção da cana-de-açúcar, mas também representa um dos maiores custos para o produtor. Com valores médios de R$16.000, a formação de um hectare de plantio após a reforma do canavial é uma decisão que pesa no bolso e na produtividade da lavoura. Por isso, investir em tecnologias que contribuam para aumentar a longevidade do canavial é uma decisão econômica e estratégica.
A vida útil média de um canavial no Brasil, sem considerar técnicas especiais de manejo, é de 3 a 7 cortes, o que geralmente corresponde a cerca de 5 a 7 anos. Diversos fatores influenciam esse prazo, como o tipo do solo, as variedades de cana, as condições climáticas e as práticas de cultivo. No entanto, com práticas de manejo como controle de pragas e doenças, nutrição e cuidados com o solo, a longevidade do canavial pode ser estendida para mais de 10 anos com produtividade viável.
Marcus Alves, especialista em cana-de-açúcar da Coopercitrus, destaca que a cultura é altamente responsiva aos tratamentos. “Desde o preparo do solo, a adubação e a correção para criar um perfil de solo profundo até o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, além do aporte nutricional via folha, tudo isso é crucial. Seguindo essas práticas, garantimos um bom suporte para a cultura, estendendo a longevidade do canavial para seis, sete, oito, dez, ou às vezes mais cortes. Isso permite que o produtor amortize os custos e tenha maior rentabilidade”, afirma.
Rubens Bortolan: Ampliando a produtividade em 60% com Geofert e correção de solo
A fertilidade do solo é um dos fatores que influencia diretamente na produtividade e na longevidade do canavial. Rubens Bortolan, de Bebedouro, SP, comprovou essa realidade na prática e viu a produtividade do seu canavial alcançar novos patamares após aderir às análises e correções de solo com precisão.
Em parceria com o time técnico da Coopercitrus, o produtor rural passou a investir no Geofert em uma área de 27 hectares, com o objetivo de melhorar sua produtividade. Conhecendo a fundo as características e necessidades do solo, o produtor passou a fazer um manejo mais preciso. Em 5 anos, os resultados foram para lá de satisfatórios, com um salto de mais de 60% na produtividade, passando de 80 para 130 toneladas por hectare.
“A cada ano, a produtividade passou a aumentar. Antes, produzíamos 80 toneladas por hectare, no ano seguinte passamos para 90 toneladas, depois para 110 toneladas e estou muito contente de ter atingido 130 toneladas por hectare em cana de quinto corte” conta o cooperado, satisfeito.
“Observamos que as áreas onde conseguimos construir um perfil de solo adequado passaram pelo período de estresse hídrico de maneira muito mais tranquila, mantendo-se visivelmente mais verdes. No atual momento de estiagem que estamos enfrentando, é perceptível que a propriedade do Bortolan é a mais verde da região. Isso demonstra a eficácia das técnicas de agricultura de precisão que estamos aplicando”, salienta Bryan Gonçalves de Oliveira
“Utilizamos os produtos na quantidade certa, além de fazermos a correção do solo com produtos diferenciados e recomendados pela cooperativa. Também passei a usar óxidos para liberar os nutrientes com mais rapidez, e a fazer o uso de insumos biológicos e corte de soqueira para o controle de pragas como broca e nematóides”, detalha o produtor.
Rubens Bertolan
Ampliou a produtividade de 80 para 130 ton/ha em cana de 5o corte
O que ele fazia antes
Manejo inadequado – Aplicação dos corretivos de solo sem identificar quais nutrientes eram necessários para cada área da propriedade.
Estratégias de manejo implementadas
Geofert: Há 4 safras, o cooperado investe na análise de solo georreferenciada e tem mapas identificando as reais necessidades de correção de solo.
Correção de Solo a taxa variável: Com os mapas gerados pelo Geofert, Bortolan aplica os corretivos dose recomendada para cada área.
Uso de óxido de cálcio: O óxido de cálcio reage rapidamente com a água, forma hidróxido de cálcio (Ca(OH)₂), para corrigir a acidez do solo e fornecer nutrientes essenciais para as plantas.
Corte de soqueira: A aplicação de defensivos líquidos nas linhas das soqueiras da cana para aumentar a eficiência no controle de pragas de solo.
Uso de biológicos: Além do controle efetivo, defensivos biológicos proporcionam ganhos indiretos, com o aumento do vigor das plantas e a resistência contra pragas e doenças.
Geofert: Apresentando o mapa de fertilidade
O Geofert faz o mapeamento da fertilidade do solo com georreferenciamento, permitindo conhecer os mapas de fertilidade do solo para assim fazer as correções e manejo de forma precisa. Oferecida pelo Campo Digital, a tecnologia permite que o produtor tenha uma visão detalhada da variabilidade de solo de sua fazenda para realizar as correções com mais assertividade, melhorando a gestão dos fertilizantes e aumentando o potencial produtivo por área.
O Geofert fornece mapas precisos sobre a composição química e física do solo em cada área da propriedade, identificando a concentração de nutrientes e avaliando a fertilidade e as características do solo, permitindo um melhor planejamento da safra. Ano a ano, o cooperado repete a operação e compara a evolução e necessidade de correção para melhorar a produtividade por área.
“Através da identificação da área onde será realizado o serviço do Geofert, Georreferenciamos os pontos de coleta. Todos esses pontos são coletados, identificados e encaminhados para análise laboratorial. Em seguida, nossos projetistas fazem a interpolação dos resultados e geram o mapa de fertilidade em taxa variável”, explica Lucimar Gomes, supervisor de serviços de agricultura de precisão na Coopercitrus.
Quando o cooperado contrata o serviço do Geofert está incluso a entrega técnica. “Depois de processado e finalizado os dados da propriedade, nosso time visita o cooperado para entregar os mapas impressos e em arquivo digital. Nesse momento, explicamos todos os resultados, tiramos as dúvidas e recomendamos os produtos para correção e adubação”, salienta o engenheiro agrônomo Murilo Roque, líder de serviços de Agricultura de Precisão do Campo Digital.
Segundo Roque, o atual mapeamento de solo identificou deficiência em cálcio e enxofre na propriedade do cooperado Bortolan. “Com base nesses dados, recomendamos os produtos para suprir essa deficiência e também associando com a aplicação de taxa variável aplicando a quantidade ideal dos insumos no lugar certo, contribuindo para uniformização de toda área”.
“É uma alegria ver os resultados dos cooperados. Isso demonstra que é viável investir em agricultura de precisão”, complementa Bryan Gonçalves de Oliveira.
Gustavo Gregorini: Ganhando 3 anos a mais nos canaviais da Fazenda Santana, Taiaçu-SP
Gustavo Gregorini enfrentou um grande desafio com a mecanização de sua lavoura. “Antes, com a queima da cana, o fogo era uma forma de controle de pragas. Com a mecanização, veio a palha e, com ela, o aumento de pragas como sphenophorus, broca, nematóides, cigarrinha e doenças fúngicas”, relata Gregorini. A solução foi adotar novas práticas de manejo e se adequar às novas normas.
Com o apoio da Coopercitrus e investindo no preparo adequado do solo e controle de pragas, ele conseguiu prolongar a vida útil dos canaviais da Fazenda Santana, em Taiaçu, interior de São Paulo, em até três anos.
“A idade média dos canaviais passou de cinco para oito anos.Eu reformava cerca de 100 hectares por ano. Nos últimos dois anos, reformei apenas 35 hectares e, para este ano de 2024, não vou precisar reformar nenhum. Eu já vinha tendo uma economia considerável e este ano, o retorno será ainda melhor”, comemora.
Gustavo Gregorini
Aumentou a longevidade do canavial, passando de 5 para 8 anos de média.
Antes, reformava 100 hectares por ano. Reduziu para 35 e, em 2024 não precisará renovar.
O Que Ele Fazia Antes
1. Aplicação Sem Planejamento: Utilização de tecnologias, fora do momento adequado para o controle, prática que não era eficiente no combate de pragas.
2. Preparo Básico do Solo: Técnicas de preparo do solo limitadas e não adaptadas às novas realidades da mecanização.
Estratégias de Manejo Implementadas
1. Análise e Preparo do Solo: Gregorini investiu em análises regulares do solo, aplicação de gesso, calagem, fosfatagem e sistematização do terreno. “Fazemos a adequação do solo e escolhemos a variedade correta para o tipo de solo”, explica.
2. Controle Integrado de Pragas: Uso de defensivos biológicos e químicos. “Passei a investir nos biológicos há três anos e a experiência tem sido fantástica. Quase metade do controle de pragas é feito com biológicos”, destaca.
3. Monitoramento Contínuo: Acompanhamento constante das condições do canavial e ajuste das técnicas conforme necessário.
4. Investimento em Tecnologias: Aquisição de um pulverizador para garantir que as aplicações sejam no momento certo de controle da praga, permitindo uma aplicação mais precisa e eficaz.
O protocolo começa com a análise e preparo do solo: “Fazemos a adequação do solo, investindo em gesso, calagem, fosfato, sistematização do terreno, escolha da variedade correta, e os tratos culturais, além de monitorarmos as pragas e doenças”.
“A sistematização de plantio e a subsolagem são fundamentais para o preparo do solo. Após uma chuva de 80 milímetros, pude ver isso na prática: nas áreas sem subsolagem, formou um açude nas curvas, enquanto nas áreas com subsolagem isso não aconteceu”, explica Gregorini.
Para melhorar o controle de pragas, há dois anos, o cooperado investiu em um pulverizador Valtra BS 6030. “Antes, não tínhamos um equipamento que realizasse o controle de pragas no momento certo. Às vezes, eu precisava antecipar a aplicação, mesmo estando fora do nível de dano econômico. Isso gerava desperdício de produto e não trazia resultado. Agora, consigo acertar o ponto certo de controle da praga, com uma aplicação mais precisa e eficaz.”
Com todas essas práticas, a idade média de reforma dos canaviais passou de quatro para oito anos, e a produtividade média saltou de 80 para 120 toneladas por hectare.
O manejo integrado com o uso de defensivos biológicos é outra aposta de Gregorini. “Com o passar dos anos, os produtos avançaram e evoluíram, mostrando eficiência. Passei a investir nos biológicos há três anos e a experiência tem sido fantástica. Atualmente, fazemos o consórcio do biológico com o químico”.
Gregorini valoriza o suporte técnico oferecido pelo time de especialistas e agrônomos da Coopercitrus. “Eu sigo as recomendações da cooperativa na escolha e validação dos produtos. Sempre que surge alguma dúvida, pergunto a eles. Essa troca de informações sobre experimentos bem-sucedidos é essencial,” destaca Gregorini, que está sempre aberto a novas ideias e inovações.
Luiz Aparecido de Andrade: Elevando a Produtividade na Fazenda Nossa Senhora da Aparecida, Barretos-SP
Após uma queda de produtividade com a gestão ineficiente, Luiz Aparecido retomou o controle do canavial. O ponto de virada começou em 2022, em parceria com a Coopercitrus, e a resposta veio rápida. “A produtividade subiu de 57 para 114 toneladas por hectare. Isso somente porque passamos a seguir um planejamento utilizando os produtos adequados no momento certo”, relata Márcio José Meneguel, técnico agrícola responsável pela gestão. “Fomos inclusive premiados pela usina como os maiores fornecedores de cana”, celebra.
Com o conjunto de boas práticas, a área de renovação tem sido reduzida a cada ano. “Antes, eram 2.600 hectares por ano. Em 2023, reduzimos para 1.600 hectares e, este ano, vamos renovar 1.400 hectares”, afirma Meneguel.
Luiz Aparecido de Andrade
Ampliou a produtividade de 57 para 114 toneladas por hectares de média.
Reduziu a área de renovação de 2.600 para 1.600 hectares.
Recebeu prêmio da Usina Tereos como maior fornecedor do grupo.
O Que Ele Fazia Antes
1. Manejo Ineficiente: Operações agrícolas realizadas fora da época adequada, sem controle direto sobre as práticas de manejo.
2. Falta de Planejamento: Ausência de um plano de manejo eficiente, levando à baixa produtividade e alta incidência de pragas e doenças.
Estratégias de Manejo Implementadas
1. Análise de Solo e Nutrição: Identificação de problemas como a alta incidência de nematoides e adoção de um manejo adequado. “Análises de solo mostravam uma infestação de nematoides fora do normal, estava altíssima. Investimos no uso de biológicos com químicos e hoje utilizamos apenas os biológicos”, explica Edmar Fernandes, consultor técnico comercial da Coopercitrus.
2. Planejamento: Implementação de tecnologias como o sistema de monitoramento via satélite, que auxilia na tomada de decisões com base em dados precisos sobre biomassa e infestação de pragas.
3. Adubação: Uso criterioso de nutrientes e foliares para garantir a saúde e o vigor da planta. “Com esse conjunto de boas práticas, conseguimos postergar a reforma para o sexto corte e reduzir a área de renovação anualmente”, complementa Meneguel.
4. Uso de Tecnologia: Com o suporte da Coopercitrus, Luiz passou a aproveitar melhor as campanhas e a plataforma de resgate de benefícios.
“Passamos a fazer controle de nematóides com produtos biológicos, implantamos tratos no corte de soqueira com pacotes de produtos que superaram as expectativas”, salienta Edmar Fernandes, Consultor Técnico da Coopercitrus, acompanha de perto a produção do grupo, .
Combinando produtos biológicos e químicos para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Esse kit também contém tecnologias que fixam nitrogênio no solo, promovem o crescimento e melhoram a absorção de nutrientes, além de bioestimulantes que aumentam o vigor e ajudam a planta a enfrentar o estresse climático.
Outra mudança foi a adição de tecnologias digitais que ajudam na tomada de decisões com base em dados, e aproveitar os pacotes de benefícios de campanhas das empresas fornecedoras. Eles também adotaram o Xarvio, em parceria com a Basf. “O sistema dá suporte para monitoramento via satélite por imagem do canavial e identifica se há alguma infestação ou necessidade de aplicação de produtos. Estamos começando a utilizar e a economia é muito grande, aqui está dando economia de 96%, só por conta dessa aplicação localizada. É mais uma ferramenta para diminuir custos e aumentar a produtividade”, completa Meneguel
Outra mudança significativa foi a adoção de tecnologias digitais que têm contribuído para decisões mais eficientes e redução de custos. Entre essas inovações está a Xarvio, em parceria com a Basf. “O sistema oferece suporte para monitoramento via satélite por imagem do canavial, identificando infestações ou a necessidade de aplicação de produtos. Estamos começando a utilizá-lo e a economia é significativa; estamos economizando 96% devido à aplicação localizada. É mais uma ferramenta para diminuir custos e aumentar a produtividade”, completa Meneguel.
Além disso, o cooperado passou a aproveitar melhor campanhas de pontos das empresas parceiras. “Conseguimos trocar pontos por celular, computador e estamos planejando já retirar um drone”, conta Meneguelo.
Principais resultados obtidos
- Gustavo Gregorini: Aumento da longevidade do canavial. Antes, reformava 100 hectares por ano. Reduziu para 35 e em 2024 não precisará renovar. Passou de uma média de 4 para 8 anos, redução significativa na área de reforma e maior economia.
- Luiz Aparecido de Andrade: Produtividade dobrada, redução na área de renovação e uso eficiente de biológicos.
- Rubens Bortolan: Aumento de produtividade de 80 para 130 toneladas por hectare em cana de quinto corte, com o Geofert e correção de solo.
Boas práticas para um canavial longevo
Seleção de Variedades: Escolher variedades de cana adaptadas às condições locais pode reduzir a necessidade de intervenções e prolongar o ciclo de vida da lavoura.
Correção e manejo do solo: A manutenção da estrutura e fertilidade do solo é fundamental. Práticas como plantio direto, rotação de culturas e o uso de cobertura vegetal ajudam a preservar a qualidade do solo.
Adubação adequada do solo e em cobertura: Uma nutrição equilibrada é essencial para o desenvolvimento saudável da cana e para sustentar altos níveis de produção ao longo do tempo.
Controle Integrado de Pragas: A combinação de métodos biológicos, químicos e culturais para o controle de pragas pode minimizar os danos e manter a saúde do canavial.
Colheita adequada: Realizar a colheita no momento certo e de maneira adequada é importante para preservar a vitalidade da soqueira e permitir mais ciclos de corte.
Cuidados com o tráfego de máquinas: para evitar a compactação do solo, o uso de cultivares adaptadas às condições locais.
A implementação dessas práticas pode ajudar a prolongar a vida útil do canavial e melhorar a sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar.
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Benefícios da aplicação de óxido de cálcio na cana-de-açúcar
Uma solução inovadora e promissora para otimizar o crescimento da cana de açúcar é a aplicação de óxido de cálcio conhecido como cal virgem. Ele é utilizado para corrigir a acidez do solo, elevando o pH e proporcionando um ambiente mais favorável para o crescimento das plantas.
Ao corrigir o pH do solo agrícola é possível otimizar a absorção de nutrientes pelas plantas e reduzir a necessidade de fertilizantes. Em termos gerais, o uso do óxido não apenas beneficia a cana-de-açúcar diretamente, mas também contribui na melhoria da saúde do solo. O Ca estimulam a atividade microbiana, promovendo a decomposição da matéria orgânica e a fixação de nitrogênio. O resultado dessa equação é em um solo fértil e propício para o desenvolvimento da cultura.