O vice-presidente do Conselho, José Geraldo da Silveira Mello, conversa com o conselheiro Sebastião Blanco Machado sobre sua trajetória no campo, a fundação da Coopercitrus e a importância da atuação cooperativista no desenvolvimento do agronegócio.
Referência em Monte Azul Paulista, Sebastião Blanco Machado é um nome que se confunde com a história da Coopercitrus. Em uma conversa repleta de memórias marcantes, o vice-presidente do Conselho, José Geraldo da Silveira Mello, recebeu o conselheiro para relembrar momentos históricos e refletir sobre o presente e o futuro da cooperativa.
“O senhor Sebastião é um exemplo de dedicação ao cooperativismo e à agricultura. Sua trajetória nos inspira a continuar construindo uma cooperativa sólida e inovadora”, destaca José Geraldo.
“Tenho muito orgulho de fazer parte dessa história e de ver o quanto evoluímos com o apoio da Coopercitrus”, afirma Sebastião Blanco Machado.
Trajetória de coragem e empreendedorismo
Sebastião não nasceu no campo; iniciou sua carreira como técnico em contabilidade. Depois, formou-se advogado. Trabalhou em Monte Alto e, mais tarde, estabeleceu-se em Monte Azul Paulista, onde abriu um pequeno cartório e fundou seu escritório de contabilidade. A partir dessa base, começou a expandir seus negócios: abriu lojas de móveis e eletrodomésticos em várias cidades, com equipes rodando a região para atender a clientela do interior.
Mesmo com a vida profissional consolidada fora da roça, a vocação para o agro falou mais alto. Aos poucos, investiu em propriedades rurais e iniciou o cultivo de laranja. Com empenho e vontade de aprender, buscou apoio técnico desde o início, especialmente junto à Coopercitrus.
“Comecei com três alqueires e três quartos. A Coopercitrus me ajudou muito naquela época, com visitas técnicas, apoio agronômico e orientação”, relembra.
Protagonista de uma nova era
Como cooperado da antiga Capdo (Cooperativa Agropecuária de Monte Azul Paulista), Sebastião participou da histórica fusão com a Capezobe, de Bebedouro, que deu origem à Coopercitrus em 1976. O processo contou com sua atuação tanto como cooperado quanto como representante jurídico da Capdo.
“Fui um dos nove primeiros conselheiros da nova Coopercitrus. Participei de toda a transição, dos trâmites legais e até da escolha do nome, que surgiu da junção dos cafeicultores e citricultores. Foi uma ideia que refletia o perfil agrícola da época e deu muito certo”, conta com orgulho.
José Geraldo relembra o contexto da época:
“Monte Azul era voltada ao café, enquanto Bebedouro era referência em citros. A união das culturas simbolizada no nome Coopercitrus foi fundamental para consolidar uma cooperativa forte e abrangente.”
Com um perfil multifacetado, Sebastião expandiu sua atuação também para a indústria. Fundou uma indústria de sucos, a Frutax, que operou por dois anos em Monte Azul Paulista. Também foi diretor da Montecitrus, atuando diretamente na cadeia da citricultura.
“Foi um tempo de muito aprendizado e desafios. Investi, criei empregos, fiz parcerias. A agricultura sempre foi meu alicerce”, afirma.
Hoje, já com os filhos administrando as propriedades, Sebastião acompanha com satisfação o legado construído e segue ativo no Conselho de Administração da Coopercitrus.
Um cooperativista por natureza
Sebastião sempre defendeu os princípios cooperativistas. Fundador do sindicato dos trabalhadores rurais de Monte Azul, atuou também junto à Faesp e sempre manteve um diálogo próximo com os presidentes e diretores da cooperativa.
“Voltar ao Conselho, a convite do José Vicente, foi uma honra. Participo com alegria, levo as demandas dos cooperados e ajudo no que posso. A equipe é muito forte, comprometida e com uma visão clara do que é bom para o agricultor”, afirma.
Tecnologia para o campo: evolução e inclusão
Sebastião destaca com entusiasmo o quanto a Coopercitrus evoluiu no suporte aos produtores. Desde a diversificação das culturas até a disseminação de tecnologias, a cooperativa tem sido protagonista na transformação do agro regional.
“Vi a Coopercitrus ensinar o produtor a plantar soja numa região que só tinha laranja e cana. Hoje temos máquinas modernas, drones, VANTs, irrigação localizada. Mas o mais importante é que a cooperativa ensina a usar essas tecnologias”, pontua.
José Geraldo complementa: “Nosso maior compromisso é levar tecnologia ao pequeno e médio produtor, garantindo produtividade com sustentabilidade. A história do senhor Sebastião mostra como esse suporte faz diferença na vida do cooperado.”
“Vi a Coopercitrus ensinar o produtor a plantar soja numa região que só tinha laranja e cana. Hoje temos máquinas modernas, drones, VANTs, irrigação localizada. Mas o mais importante é que a cooperativa ensina a usar essas tecnologias”, pontua o conselheiro.
Ao ser questionado sobre o papel do Conselho de Administração, Sebastião reforça a responsabilidade de pensar no futuro da cooperativa, garantindo sua solidez e relevância para os cooperados. “Nosso papel é fiscalizar, apoiar e propor melhorias. Temos uma diretoria muito técnica e responsável, e um Conselho que trabalha com seriedade e visão estratégica. A Coopercitrus é um orgulho para todos nós”, conclui.