A Escama farinha do tronco, Citrus Snow Scale, é hoje praga chave do Limão Tahiti, Citrus latifólia, nas regiões produtoras de exportação no Brasil (Itajobi-SP e arredores). Ela é uma cochonilha da família Diaspididae, espécie Unaspis citri. É impressionante o seu comportamento de vida. A começar pela migração ou infestação pela primeira vez num pomar de Tahiti. É muito difícil a abordagem vinda pelo vento, o principal meio de imigração, pois a fase vulnerável é a de “crawler”(Caminhante, andarilho), a larva que nasce do ovo que é posto pela fêmea sob o sob sua carapaça, de onde eles saem caminhando em busca de local ideal para iniciar sugamento da casca do tronco. Como eles estão soltos sobre as camadas de adultos eventualmente uma rajada de vento pode levar para longe atingindo vizinhança e até pomares vizinhos. É assim que aumenta um foco ou que se inicia um novo num pomar vizinho. Para isso o foco teve início na copa do emigrante no tronco? Provavelmente não, pois a bordagem na planta por um imigrante pelo vento é na periferia da copa e poderá iniciar a colônia para depois caminhar para o tronco passando pelos ramos e galhos. Eventualmente podem atacar folhas e frutos mas a preferência são o tronco e pernadas. No foco do emigrante provavelmente ocorreu isso também para chegar até o tronco. É que todos os focos ou plantas altamente infestadas com a Escama Farinha do Tronco (EFT) não fica só no tronco invarialvemente estão também nos ponteiros dos ramos da copa onde passa o vento. Cada geração da EFT leva 60 dias para se completar e há gerações superpostas também. Ela se diferencia da sua co-irmã a Pinnaspis aspidistrae que chamamos de Escama Farinha da Folha (EFF) por que ela é exclusiva moradora da folha não indo para o tronco como a EFT. Ela, ao contrário, beneficia o MEP porque serve de presa para as joaninhas, crisopídeos e parasitóides que atuarão contra a EST. Os danos piores são as rachaduras de troncos e galhos culminados com altas infestações.