CULTURAS

Manejo de pastagem em épocas de chuva e seca: melhores práticas

O período das águas é bastante caracterizado pelas condições climáticas ( temperatura precipitação pluviométrica e incidência de luz) que são favoráveis para forragens tropicais  , mas a partir  do mês  maio  o cenário começa   a mudar , reduzindo a incidência de luz com dia menores , diminuição de umidade , baixa presença de chuva, quedas na temperatura ,diante dessas situações adversas , a preocupação se volta  as coisas mais importantes nas atividades é na produção de forragens .

O pasto verde e farto é um colírio para os pecuaristas. E com razão, visto que a nutrição é o fator determinante para maximizar o potencial genético do rebanho. Contudo, é comum encontrarmos fazendas com índices de produtividade aquém do esperado — inclusive na época das chuvas — devido à falta do manejo de pastagem. O manejo do pasto consiste na adoção de práticas muito simples que auxiliam o produtor a aumentar a eficiência da sua produção, sem custos adicionais. Para tanto, é essencial ter conhecimento sobre as condições ambientais da região, bem como sobre a biologia da forrageira e o comportamento dos animais.A fase de transição entre chuva e  a seca é um momento muito importante para pecuária , pois é um momento decisivo  que pode influencia , todo o ciclo da atividade .Assim, o gestor escolhe o sistema de manejo e elabora um planejamento estratégico  que garanta uma dieta rica para o gado sem o comprometimento do pasto, ao longo do ano todo.

Mas como contornar a sazonalidade e aproveitar o máximo das forrageiras?

Para executar as melhores práticas de nutrição para o gado , é preciso, antes, saber a importância do manejo nutricional do rebanho e quais os fatores afetam o desempenho das dietas.

O que é o manejo de pastagens?

Em resumo, o manejo de pastagens é o conjunto de intervenções que tem como objetivo atingir a maior quantidade de carne e leite por área, sem prejudicar o desenvolvimento do pasto nem a qualidade do solo.Dessa forma, promove-se uma alimentação em abundância para os animais, com uma produção constante de forrageira por unidade de área, conservando a qualidade do solo e, consequentemente, evitando a degradação do pasto.Basicamente, existem dois sistemas de manejo de pastagens.

  • Sistema de pastejo contínuo ou lotação contínua

Nesse sistema, o rebanho permanece na mesma área de pasto durante o ano todo. É utilizado quando as forrageiras são nativas ou naturais, e sua taxa de produtividade é baixa.

  • Sistema de pastejo rotacionado ou lotação rotacionada

Nesse caso, o pasto é dividido em piquetes, que são utilizados de forma alternada, sendo definidos os períodos de ocupação (quando o gado está consumindo determinado piquete) e o período de descanso (quando o rebanho não está em determinado piquete).Essa prática permite que a forrageira se recupere do pastejo e do pisoteio e seja consumida novamente no futuro. O sistema tem alto índice de produtividade, principalmente quando são utilizadas pastagens de alta produção, como as do gênero Cynodon, Panicum e Brachiaria.O produtor precisa ter em mente que o manejo de pastagem é, essencialmente, a administração de duas necessidades conflitantes: a da planta, que precisa das suas folhas para se desenvolver, e a dos animais, que precisam dessas mesmas folhas para a sua dieta.Como resolver esse embate? A resposta é simples: aliando o comportamento dos bovinos ao período de maior produtividade da forrageira.

Como fazer o manejo das pastagens na época de seca?

A época da seca (inverno) é marcada pela menor disponibilidade de água no solo e pela redução do fotoperíodo. Esses fatores dificultam a recuperação do pasto e afetam a produtividade dos animais. É preciso evitar que eles percam peso, pois na estação chuvosa qualquer ganho indicaria apenas a recuperação do que foi perdido.Entretanto, cabe ressaltar que se o gado mantém ou ganha peso (ainda que pouco) no período da seca, já é uma grande vantagem, visto que seus índices de desempenho serão maiores na volta das águas.Dessa forma, quando o pasto não recebe o manejo correto para suportar o período da seca, o pecuarista corre o risco de não ter forrageira suficiente para fornecer ao rebanho tanto na seca, quanto no retorno das águas. Isso porque a vegetação pode não ter reservas suficientes para rebrotar e, nessas condições, inicia-se o processo de degradação.A prática da rotação do pastejo baseada em dias fixos tem se mostrado ineficiente, pois depende da época do ano e das condições de crescimento das plantas, o que leva a perdas na qualidade e na quantidade de produção de forrageira.

Para contornar esse cenário, a estratégia que tem apresentado melhores resultados é a rotação de pastejo baseada na altura do pasto. Nesse caso, semanalmente o produtor utiliza a régua para medir a altura das plantas que estão no período de descanso para calcular o número de dias necessários até que o próximo piquete esteja nas condições ideais para receber o rebanho.Como cada forrageira tem seu tempo de desenvolvimento e sua altura específica, é difícil determinar os parâmetros para o pastejo. Porém, o produtor pode avaliar a arquitetura da vegetação: no momento em que as primeiras folhas começarem a se dobrar e a pastagem perder o aspecto de folhas espetadas, deve-se entrar com os animais na área.Além dessa prática, é indispensável que o produtor faça um planejamento das estratégias nutricionais para evitar a perda de peso dos animais e  manter com grande score corporal , boa produção de leite e grande desempenho, as condições se tornam adversas , pois  o momento é de pouca disponibilidade de forragem . Pensado nisso com devemos nos prevenir ?

Com um ano de antecedência devemos nos organizar:

  • Preparo e manutenção de pasto.
  • Descarte de alguns animal velhos , pois os mesmos poderá ser afetados com a escassez de forragem.
  • A vedação de pasto é muito importante pois as forragem  irão apresentar um bom tamanho  e consequentemente , maior quantidade de massa por m2. (realizar de 40 a 50 dias  antes do término  do período chuvoso).
  • A conservação de forragem em forma de silagem , é uma alternativa , muito utilizada para suprir a necessidade utilizando forrageiras como milho , sorgo forrageiro, cana de açúcar, capim elefante e graniferos . O produtor ainda pode optar por feno ou pré secado.
  • Os cochos devem ser cobertos e drenagens para evitar acumulo de água , com acesso único ou  bilateral , com espessamentos  entre  25 a 50 centímetros de animal para animal.
  • Os bebedouros de água devem se manter limpos e higienizados de fácil acesso para animal adultos e jovens .

Como usar suplemento mineral  e a importância do manejo em época de transição ?

Neste período é importante o acompanhamento de um responsável técnico , para que o mesmo possa orientar e acompanhar a adaptação a serem feitos nos rebanhos , sabemos que a ureia é uma fonte  de proteína muito importante para os ruminantes , sendo assim temos que ter muita cautela com seu uso . Outra alternativa são as ureias protegidas , pois apresenta uma margem de segurança maior aos rebanhos , por ser considerada PNDR( Proteína não digestiva no rúmen), já o manejo do pasto é extremamente importante e essencial para assegurar a eficiência e a sustentabilidade do sistema de produção. Quando realizadas da maneira correta, as intervenções proporcionam o aumento da produtividade de leite e de carne, e tem-se o aproveitamento máximo dos recursos, juntamente à prevenção de erosões e da compactação do solo. Por fim, é sempre bom lembrar que as tecnologias e as boas práticas de manejo de pastagens estão disponíveis para intensificar a produção e promover a prosperidade da fazenda. O produtor que não souber aproveitá-las corre o risco de ficar para trás na constante busca pelo aumento da produtividade e perder seu lugar no mercado.

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