CULTURAS

Posicionamento de cultivares de soja Coopercitrus – Ciência a serviço do cooperado.

O posicionamento correto de cultivares de soja é fator decisivo para alcançar altas produtividades. Todos os anos os detentores de material genético lançam cultivares com maior potencial produtivo; entretanto, seu posicionamento mais assertivo por microrregiões demanda trabalho de desenvolvimento de mercado, com conhecimento a campo de época de plantio, ambiente de produção adequado e população utilizada. E nada melhor do que nossos agrônomos desenvolverem isso junto aos nossos cooperados.

Segundo o CNR (Cadastro Nacional de Cultivares Registradas) foram registrados nos últimos 5 anos (2018 a 2023) em torno de 1000 novas cultivares para patente. Obviamente, nem todas chegaram ao mercado ainda, mas tendem a ser comercializadas nos anos seguintes. No gráfico abaixo está apresentado, a partir de 1998, o registro acumulado de cultivares de soja no Brasil.

A quantidade de novas cultivares chegando ao mercado nos traz uma dúvida: “Como ter uma análise fiel dos pontos positivos e negativos desses entrantes?”

Nessa linha, o departamento técnico de grãos da Coopercitrus iniciou há 5 anos um trabalho de centralizar os ensaios de novos materiais genéticos, usualmente realizados pelos detentores genéticos citados acima, nas fazendas dos cooperados. Entretanto, esses ensaios ficam dispersos, apresentados individualmente, sem análise comparativa com outros concorrentes e muitas vezes tendenciosos. Portanto, o trabalho do nosso departamento técnico foi de estruturar todos os materiais pré-lançamento e os recém-lançados no mercado em ensaios de campo em diferentes ambientes e sumarizá-los.

Veja abaixo algumas imagens das nossas vitrines:

Pessoas com instrumentos musicais e microfone em cima de gramado

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Conforme os históricos de produtividade dos campos colhidos cruzamos os dados de população, ambiente, época de plantio, altitude, pontos geográficos, cultura anterior para cada nova cultivar e o cruzamento das variáveis, podemos extrair análises únicas dos materiais com maior amplitude de ganhos ou maiores estabilidades.

Abaixo seguem algumas análises dos dois últimos anos das cultivares em destaque, mensurando (i) estabilidade produtiva, (ii) Dispersão de produtividade, (iii) Produção por ambientes de produção.

Vale lembrar que não são resultados com análises estatísticas, mas com uma interpretação dos dados baseada no comportamento médio de cada cultivar em ambientes repetidos e em ambientes diferentes. Nos dados apresentados nos últimos dois anos foram semeados, acompanhados e colhidos cerca de 140 variedades de soja em mais de 130 áreas de produtores de SP, MG e GO – áreas de atuação da cooperativa.

  1. ANÁLISE DE ESTABILIDADE PRODUTIVA

Abaixo trouxe o exemplo de 6 cultivares de ciclos parecidos, sendo 3 plantadas no estado de MG e SP (GH 6700 IPRO, BMX FIBRA IPRO, DM 70I71 IPRO) e 3 que estão adentrando o mercado nos últimos anos (BMX NEXUS I2X, FT 3165 IPRO e B 5710 CE)

A primeira análise se refere a uma das primeiras variáveis analisadas pelo nosso time, a “estabilidade produtiva das variedades”, ou seja, o seu comportamento em ambientes distintos. A informação é apresentada em dois gráficos de boxplot onde o eixo vertical indica a produtividade e cada caixinha representa uma cultivar.

A GH6700 foi a variedade mais plantada em reforma de cana-de-açúcar e podemos dar a esse material a alcunha de estável, entregando boas médias produtivas em ambientes menos corrigidos, mais pobres em fertilidade, porém também não entregando as maiores médias em ambientes férteis.

A DM70i71 veio para brigar pelo posicionamento da GH6700, com mesmo ciclo, porém observamos essa tendência de não entregar as mesmas médias em ambientes mais fracos.

Outra cultivar de mesmo ciclo, mas já pertencente às novas transgenias, é a B 5710 CE (Conkesta Enlist), que possui o mesmo ciclo. Porém, em nossos ensaios, ela apresentou certa instabilidade de desempenho, com duas razões possíveis: não encontramos o melhor ambiente para a produzirmos ou a população trabalhada estava desproporcional ao que deveria entregar. Ao olhar para a safra 23/24, essa cultivar foi um pouco inferior às demais do mesmo ciclo. Devemos entender quais ambientes foram esses e descartar das nossas recomendações

Caminhando para um GMR (Grupo de Maturação Relativa) próximo de 6.4, temos os testes sumarizados da BMX Fibra, BMX Nexus e FTR 3165. O que observamos é uma estabilidade e que traz segurança ao produtor que trabalha com a BMX Fibra, com ciclo menor que o da GH6700, enquanto a sua irmã BMX Nexus i2x é capaz de entregar produtividade superior. Já a FTR 3165 apresenta a mesma instabilidade produtiva que a B 5710, embora com médias bem inferiores. No entanto, observamos que, com o passar de vários anos de testes, essa cultivar é capaz de entregar produtividade próximas de 90 sacas, mas em ambiente férteis onde outras entregam 4 a 8 sacas a mais.

A busca de produtividade é uma rotina constante e o planejamento das cultivares é o fator primordial para que nosso cooperado tenha sucesso em sua lavoura. Independentemente do sistema produtivo, a Coopercitrus tem a cultivar de soja mais apropriada para reforma de canavial, sistemas de pivô e áreas tradicionais de sucessão soja-milho ou soja-sorgo.
Fonte: CNR: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-agricolas/sementes-e-mudas/registro-nacional-de-cultivares/cultivares-ou-especies-registradas

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