O tema do terceiro episódio da série “Contribuição do agro na matriz energética brasileira” representa uma virada de jogo na busca por fontes de energia limpa.
Enquanto muitos países ainda dependem fortemente de fontes convencionais como petróleo e carvão, o Brasil se destaca pelo uso significativo de fontes renováveis de energia. Segundo dados do Balanço Energético de 2023 do Ministério de Minas e Energia, em 2022, 47,4% da energia ofertada no Brasil veio de fontes limpas. O setor agropecuário desempenha um papel de destaque nesse cenário, gerando 66% de toda a oferta interna de energia renovável, que inclui biomassa da cana, lenha e carvão vegetal, lixívia (resíduo orgânico da indústria de papel e celulose) e energia solar.
Na série de reportagens “Contribuição do agro na matriz energética brasileira”, a Revista Coopercitrus tem explorado cada fonte de energia, apresentando suas cadeias de produção, mercado, indústria e impacto ambiental. Neste terceiro e último episódio, destacamos o uso da energia solar como uma alternativa lucrativa e sustentável.
Os produtores rurais já perceberam o potencial da energia solar e essa tecnologia está em crescimento constante nas propriedades rurais em todo o Brasil. Dados da Absolar de abril de 2024 indicam que o meio rural já corresponde a 8,69% do total de sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica e a 14,30% da capacidade instalada. O agronegócio figura como o terceiro maior segmento na utilização dessa tecnologia, superado apenas pelo uso residencial e comercial.
O sol é uma fonte que se renova diariamente, mesmo em dias nublados. A energia solar é captada através de painéis solares fotovoltaicos que transformam a luz em energia elétrica por meio do inversor solar.
Energia que vem do sol
Banhado por um dos maiores níveis de irradiação solar do globo, o Brasil está em uma posição privilegiada para liderar a revolução da energia solar fotovoltaica. A tecnologia, que converte a luz solar em eletricidade, destaca-se por ser uma solução limpa, de instalação descomplicada, longa durabilidade e manutenção reduzida, trazendo economia significativa nos custos operacionais e um retorno de investimento atrativo.
Em plena expansão no mercado, a energia fotovoltaica pode suprir demandas energéticas de propriedades rurais em diversas situações, como no bombeamento de água para abastecimento doméstico, irrigação, eletrificação de cercas, iluminação, entre outras atividades essenciais na produção.
Com tantas vantagens, o sistema fotovoltaico já figura na segunda posição entre as fontes do País, respondendo por pouco mais de 15% da matriz elétrica brasileira, com capacidade instalada de mais de 38,4 GW. Segundo a Absolar, essa capacidade se divide entre 11,6 GW de geração centralizada, que inclui grandes usinas, e 26,7 GW de geração distribuída, compreendendo sistemas menores residenciais e comerciais.
Energia solar avança
O Brasil já figura no grupo dos dez maiores produtores de energia solar do mundo, com um salto notável na geração elétrica através de painéis solares. De acordo com o Balanço Energético Nacional, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, houve um aumento de 79,8% na produção de energia solar de 2021 para 2022.
Este crescimento robusto não só superou a energia eólica, mas também posicionou a energia solar como a segunda principal fonte da matriz elétrica do país, representando 15,6% da potência instalada total, ficando atrás apenas da energia hídrica que compõe 50% da matriz.
O segmento de energia solar no Brasil é um dos mais promissores. E alguns fatores contribuem para essa expressiva evolução, como:
- Clima favorável: O Brasil é agraciado com condições climáticas ideais para a geração de energia solar, com níveis de radiação superiores aos de muitas outras regiões do mundo.
- Baixo custo de manutenção: A ausência de peças móveis nos painéis solares reduz significativamente a necessidade de manutenção.
- Economia na conta de energia: A redução dos custos com energia elétrica vem incentivando cada vez mais produtores rurais a investir em painéis fotovoltaicos.
Lei 14.300: Marco Regulatório da Geração Distribuída
A geração distribuída no Brasil recebeu um impulso significativo com a implementação da Lei 14.300, em 6 de janeiro de 2022. Essa legislação estabeleceu um novo marco regulatório, especialmente no que diz respeito ao sistema de compensação de créditos de energia.
Agora, o excedente de energia gerado e injetado na rede da distribuidora é compensado com descontos na conta de luz do consumidor. Além disso, o segmento de geração distribuída beneficia-se da isenção de certos componentes tarifários, como a tarifa de uso do sistema de distribuição, incentivando ainda mais a adoção desta modalidade energética.
Como funciona?
Durante o dia, a luz solar é captada pelos módulos, gerando energia elétrica devido ao efeito fotovoltaico. Essa energia é convertida de corrente contínua para corrente alternada pelo inversor.
- A energia é lançada na rede e contabilizada como créditos na conta do mês, podendo reduzir as despesas de energia em até 95%.
- Durante a noite, a energia que foi enviada à rede pode ser utilizada para o consumo.
- Caso a energia não seja toda consumida, o excedente é enviado para a rede, gerando créditos.
Soluções em energia fotovoltaica
Para aumentar a eficiência e promover a sustentabilidade entre os cooperados, a Coopercitrus disponibiliza sistemas de geração de energia fotovoltaica de alta qualidade e confiabilidade.
Wagner Pereira, gerente de Energia Fotovoltaica da Coopercitrus, ressalta que a cooperativa oferece sistemas completos e personalizados para atender às necessidades específicas de cada propriedade, assegurando compatibilidade com o perfil de consumo energético.
“O impacto vai além da economia financeira; a sustentabilidade é um fator crucial. Muitos de nossos produtores rurais, ao adotarem energias renováveis, obtêm certificações de sustentabilidade que favorecem a comercialização de seus produtos”, enfatiza Pereira.
A Coopercitrus oferece um suporte completo que inclui análise de viabilidade, desenvolvimento de projetos personalizados, orçamento, assistência com financiamento junto a instituições financeiras, instalação de usinas fotovoltaicas e manutenção, garantindo o melhor desempenho dos sistemas.
“As placas solares têm garantia de dez anos contra defeitos de fabricação e 25 anos de garantia de performance, assegurando um retorno financeiro rápido. O investimento se paga em média em um terço da vida útil da usina, com possibilidade de financiamento bancário a 100% nos primeiros sete anos, representando um excelente negócio”, argumenta Pereira.
O período para o retorno do investimento varia conforme a concessionária, o consumo médio e a categoria tarifária do produtor. “Oferecemos consultoria personalizada, que dá mais clareza e transparência sobre os custos e benefícios do sistema. Acompanhamos o cooperado em todas as fases, desde a implementação até a operação da usina, garantindo autonomia na gestão da energia gerada”, explica o gerente.
Pereira destaca ainda que os cooperados têm acesso a condições especiais na Coopercitrus, como parcelamento direto, opção de compra via barter, parcerias com bancos para financiamentos do BNDES e seleção de produtos de alta qualidade e eficiência energética.
Sistemas sob medida para cada propriedade:
- Análise de viabilidade: A equipe da Coopercitrus avalia as necessidades energéticas de cada propriedade, garantindo um sistema dimensionado com precisão.
- Projetos personalizados: Cada projeto é elaborado sob medida, considerando as características da propriedade e os objetivos do cooperado.
- Economia e sustentabilidade: A energia solar gera economia na conta de luz e contribui para um futuro mais sustentável, com benefícios à imagem do produtor e à comercialização da produção.
Suporte completo em cada etapa:
- Financiamento facilitado: A Coopercitrus oferece diversas opções de financiamento, como linhas de parcelamento direto, barter e parcerias com bancos para linhas BNDES Finame.
- Instalação e acompanhamento: A equipe da Coopercitrus cuida de toda a instalação do sistema fotovoltaico, desde a montagem dos painéis até a conexão à rede elétrica. O acompanhamento constante garante o bom funcionamento da usina e a otimização da geração de energia.
- Manutenção e suporte técnico: A Coopercitrus oferece serviços de manutenção preventiva e corretiva, além de suporte técnico especializado para garantir o máximo desempenho da usina fotovoltaica.
