Mesmo sem a obrigatoriedade, pecuaristas devem manter protocolos sanitários para garantir a saúde dos animais.
Em 2024, uma mudança significativa ocorreu no cenário da pecuária brasileira: a vacinação contra a febre aftosa deixou de ser obrigatória em diversos estados. Essa decisão tem implicações profundas para os pecuaristas, . e éÉ importante entender os impactos, desafios e oportunidades que surgem com essa nova realidade.
O Que Mudou?
Nos estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal, a vacinação contra a febre aftosa não é mais obrigatória. O Ministério da Agricultura e Pecuária reconheceu essas áreas como livres da doença, e uma portaria publicada em 25 de março oficializa essa mudança.
O Que Isso Significa?
- Proibições: A norma proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa nessas unidades da federação. Além disso, restringe a movimentação de animais e produtos desses locais para as demais áreas que ainda praticam a vacinação no país.
- Reconhecimento Internacional: As proibições entram em vigor em 2 de maio e permanecerão até que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) conceda o reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação a esses estados e ao Distrito Federal.
Metas e Oportunidades
- Meta Nacional: O Brasil almeja se tornar totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Para conquistar o reconhecimento internacional, a OIE exige a suspensão da vacinação e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.
Mercados Exigentes: O reconhecimento abre caminhos para que os produtos pecuários oriundos desses estados possam acessar os
- mercados mais exigentes do mundo, segundo o Ministério da Agricultura.
Estado Atual e Próximos Passos
- Estados Reconhecidos: Atualmente, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
- Continuidade da Vacinação: Para os estados que não irão suspender a vacinação – como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas –, as etapas de vacinação contra a febre aftosa em 2024 continuam nos meses de maio e novembro.
Prevenção Sempre!
Mesmo sem a obrigatoriedade, os pecuaristas devem manter protocolos sanitários para garantir a saúde dos animais.
Luiz Felipe Bignardi, coordenador comercial de Saúde Animal da Coopercitrus, destaca a importância do controle de endo e ectoparasitas no rebanho: ““Cada fazenda tem seu calendário de vacinação e a prevenção é essencial para manter o status da saúde do rebanho. Independentemente do estado livre de febre aftosa, algumas doenças são tão preocupantes quanto essa e oferecem grande prejuízo ao rebanho e ao produtor. É preciso vermifugar os animais e protegê-los desses parasitas. Tanto vermes quanto carrapatos são dois competidores que sugam os nutrientes do animal.”