Nos últimos anos, temos observado um aumento nos casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas amplamente utilizados. Além disso, surgiram problemas de resistência múltipla, em que as plantas desenvolvem resistência a mais de um mecanismo de ação de herbicidas. Como resultado, o manejo adequado das plantas invasoras está se tornando um desafio cada vez mais complexo a cada safra. Essa situação só mudará quando abordarmos o assunto de maneira consciente e responsável.
A falta de manejo ou o uso incorreto das ferramentas de controle podem comprometer a produtividade, a sustentabilidade do sistema produtivo e a atividade agrícola da propriedade, além de interferir na preservação e no equilíbrio das espécies. Portanto, o manejo outonal ou durante a entressafra tem sido adotado por cooperados mais tecnificados e preocupados com as perdas de produtividade causadas por plantas daninhas. O princípio desse manejo é reduzir a permanência de espécies de plantas daninhas de difícil controle durante o período de pousio.
Atualmente, existem mais de 50 casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas no país. Além disso, o número crescente de plantas daninhas com resistência múltipla a dois ou mais mecanismos de ação torna o cenário ainda mais complexo. Por exemplo, a aplicação isolada do glifosato já não garante uma dessecação eficaz. É necessário combinar outros herbicidas nas áreas cultivadas com soja no Brasil para controlar daninhas como Buva, Capim-amargoso, Caruru, Trapoeraba e Capim Pé-de-galinha. Todos esses fatores combinados tornam o manejo de plantas daninhas extremamente desafiador e, em algumas situações, com custos elevados.
O manejo outonal é uma prática crucial para o controle de plantas daninhas. Ele é realizado quando há um intervalo maior entre a colheita de uma cultura e a semeadura da cultura subsequente. A estratégia principal do manejo outonal envolve o uso de herbicidas pós-emergentes de ação residual para evitar a infestação de plantas daninhas que competem por água e nutrientes com a cultura, prejudicando a produtividade da lavoura. Essa abordagem é uma oportunidade para introduzir mecanismos de ação diferentes no sistema produtivo e minimizar os impactos negativos das plantas daninhas resistentes.
O sucesso e a eficiência no controle de plantas daninhas, especialmente durante o período outonal, podem ser alcançados por meio do manejo químico com herbicidas recomendados para diferentes espécies que se desenvolvem nesse período do ano. Alternativamente, o uso de plantas de cobertura que exerçam controle cultural sobre outras espécies também é uma opção. No entanto, a presença maciça de cobertura morta pode impedir a passagem de luz para o solo, dificultando a germinação de sementes de algumas plantas daninhas. Algumas espécies, como o amargoso, são fotoblásticas negativas e podem se estabelecer mesmo na ausência de luz, exigindo uma combinação de abordagens para um controle mais eficaz.
Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país, as plantas de Buva podem se desenvolver durante o período de entressafra (de julho a outubro). No momento da dessecação pré-semeadura da cultura subsequente, elas se tornam um problema devido à eficácia dos herbicidas depender da densidade e estágio de desenvolvimento da planta. O manejo outonal, nesse contexto, inclui o uso de herbicidas com atividade residual no solo e eficácia comprovada contra a Buva. No entanto, algumas dessas moléculas não são seletivas para as culturas de milho e soja, o que requer orientação cuidadosa para os cooperados.
Além dos efeitos diretos, a presença de plantas daninhas durante a entressafra contribui para a manutenção do ciclo de diversas doenças e pragas agrícolas, aumentando gradualmente o banco de sementes do solo, o que afetará o cultivo subsequente.
É crucial que os cooperados adotem práticas de manejo adequadas para tirar proveito das tecnologias disponíveis no mercado, incluindo herbicidas e plantas de cobertura, a fim de aumentar a sustentabilidade dos sistemas de produção de grãos. Para obter informações detalhadas, os cooperados podem procurar os profissionais da Coopercitrus, que estão prontos para oferecer as melhores opções de manejo outonal.
Para obter mais informações, visite a loja Coopercitrus mais próxima em sua região e consulte nossos especialistas. Eles o guiarão na melhor abordagem de manejo.
Engenheiro Agrônomo Eduardo Primon Taveira Freitas – Consultor Especialista em Cereais Coopercitrus