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Oportunidades rentáveis a partir de práticas sustentáveis

Conheça algumas práticas que trazem oportunidades para aumentar a eficiência, ganhar produtividade, otimizar custos e reduzir o impacto ambiental.

No momento que o mundo todo volta os olhos para as práticas sustentáveis, o Brasil está entre os países que mais reduzem a emissão de gases de efeito estufa durante os processos de produção agropecuária, desde o plantio até a colheita. Os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na projeção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), analisam a posição do Brasil em diferentes indicadores de sustentabilidade frente a sete grandes agroexportadores: Argentina, Canadá, China, França, Alemanha, Índia e Estados Unidos.

Para que tenhamos a chance de manter ao alcance o limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris, algumas medidas são altamente recomendáveis.  Nesse caminho, as novas tecnologias contribuem para uma agricultura mais eficiente, mais rentável e mais sustentável, gerando um ciclo virtuoso. 

Entre esses exemplos, as tecnologias como agricultura de precisão, GPS, Drones e equipamentos de telemetria contribuem para o aumento de eficiência, rentabilidade e produtividade das lavouras com uso racional de insumos, mitigação de riscos relacionados a desperdício e contaminação do solo e da água, além de contribuir com a redução das emissões de CO2 na atmosfera.

Sistemas de irrigação modernos e inteligentes fazem a aplicação da água em quantidade adequada para as plantas, garantindo melhores rendimentos e economia de água e energia. 

O Brasil também se destaca por possuir uma matriz energética com grande participação de fontes renováveis, o que ocorre em poucos países do mundo. Isso significa que as emissões de gases do efeito estufa (GEE) por unidade consumida por aqui são menores comparadas a outros países. Esse movimento é marcado pelo aumento da oferta de biomassa da cana e do biodiesel associada à redução da oferta das fontes não renováveis, com recuo de 5,6% de petróleo e derivados, segundo dados elaborados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética). 

A participação da energia solar na matriz elétrica brasileira, por sua vez, evitou a emissão de mais de 10,7 milhões de toneladas de CO2, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Esse volume deve ser ampliado. Segundo estimativa da entidade, a geração de energia distribuída no país chegará a 24,9 gigawatss neste ano, alta de 91,7% em relação a 2021 (13 GW). Em 2020, a geração de eletricidade a partir da energia solar atingiu a marca de 10.750 GW, um avanço de 61,5% em relação a 2019. 

A economia de baixo carbono desponta como solução para conter o aquecimento global e alavancar o desenvolvimento sustentável do país e tornar as empresas mais competitivas no mercado nacional e internacional. 

O mercado de carbono é um ambiente de transações financeiras cuja mercadoria principal é a compensação e precificação do carbono emitido por diversos setores da economia, como o industrial, de mobilidade, agrícola e logística. O agronegócio brasileiro está em primeiro lugar entre os países que podem lucrar com práticas agrícolas sustentáveis, mas emite atualmente créditos pelo sequestro de apenas 0,3 milhão de tonelada de carbono, diante de um potencial de 120 milhões a 160 milhões de toneladas de CO2.

Nesse sentindo, o solo é um grande agente fixador de carbono. Isso porque o solo contém mais carbono do que a vegetação e a atmosfera juntas, e seu manejo adequado é fundamental no combate ao aquecimento global. Os estoques de carbono no solo são indicadores-chave na prestação de serviços ambientais promovidos por boas práticas agrícolas e isso se explica pela forte correlação entre esse elemento e os atributos químicos, físicos e biológicos, servindo, portanto, como um avaliador de sustentabilidade. 

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o solo armazena aproximadamente quatro vezes mais carbono que a biomassa vegetal e três vezes mais que a atmosfera, tendo assim grande importância no ciclo biogeoquímico do carbono. A importância do manejo correto, preservando a vida no solo, garante a manutenção do carbono no solo, preserva a fertilidade e contribui para a produtividade agrícola.

O olhar atento para o ambiente e conceitos como sustentabilidade tornou-se um diferencial competitivo nos negócios. Produzir com mais sustentabilidade é uma jornada a ser percorrida por todos os produtores rurais que visa aumentar a rentabilidade da atividade agrícola, a proteção do meio ambiente, a expansão da base de recursos naturais e melhorar a qualidade de vida das famílias e comunidades envolvidas com o agronegócio, gerando alimentos e bioprodutos do agronegócio com qualidade.

A produção sustentável garante prosperidade na gestão da propriedade; na escolha de variedades e plantio adequados da região; no cuidado com o meio ambiente e no respeito comas as pessoas e comunidades. Ao adotar sustentabilidade como estratégia de negócio, mais do assegurar a sobrevivência do negócio, o produtor protege a biodiversidade, melhora a qualidade do solo, produzir alimentos seguros e de boa qualidade, além de garantir rentabilidade financeira. E o país está caminhando para ter uma agricultura cada vez mais sustentável.  No caminho da prosperidade, a Coopercitrus oferece diversos projetos que auxiliam os cooperados a avançarem em práticas sustentáveis, desde o reflorestamento de áreas, recuperação de nascentes em propriedades rurais, sistemas de energia solar, fornecimento de produtos biológicos, tecnologias que economizam manobras e reduzem o consumo de combustíveis. 

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