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Potencializando nutrientes para produção de capim: adubar é preciso!

Apesar de existir um vasto conhecimento sobre adubação e uso de fertilizantes em pastagens, poucos produtores utilizam essas tecnologias para aumentar a produtividade. A taxa de lotação média no Brasil ainda é 1 cabeça por hectare, o que sinaliza que há muitas oportunidades para quem deseja aumentar a produção de pasto, com isso, alimentar mais animais na mesma área.

O primeiro passo para potencializar os nutrientes no solo é fazer a coleta e a análise de solo de forma correta e confiável. Após isso, fazer a recomendação de calcário, visando ao aumento de pH do solo para que ele fique próximo à neutralidade, disponibilizando melhor os nutrientes e a neutralização de alumínio tóxico à planta.

Entre os nutrientes mais importantes para a produção de gramíneas forrageiras, estão: nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, zinco, boro e manganês.

Nitrogênio: proporciona o aumento da expansão foliar, de perfilhamento e da matéria seca produzida na área, além disso, normalmente, ele promove o aumento de proteína da planta, podendo influenciar na estratégia de suplementação.

Fósforo: Importante em processos relacionados à energia, como a fotossíntese, a divisão celular e o transporte de assimilados da planta. Tem como principal benefício o aumento de perfilhamento e o desenvolvimento radicular da planta.

Potássio:  Para capins tropicais, o nutriente está relacionado ao bom funcionamento celular, à translocação de açúcares, à participação na ativação de enzimas e ao regulamento do potencial osmótico das células, sendo um dos macroelementos mais exigidos pela planta.

Enxofre: Função de formação de algumas proteínas e alguns aminoácidos da planta. Ele está presente na produção de enzimas e vitaminas, além de contribuir nos processos da fotossíntese.

Micronutrientes zinco, boro e manganês:  Atuam na síntese de proteínas da planta, no metabolismo de carboidratos, no transporte de açúcares, na formação da parede celular, no movimento da seiva, no metabolismo energético e na síntese de clorofila, ou seja, são indispensáveis para o bom funcionamento da planta.

Todos os nutrientes são importantes, mas nenhum faz milagre e atua sozinho. Por isso, deve-se atentar ao solo e à adubação como um todo, buscando o equilíbrio entre os nutrientes. Por meio de uma adubação ótima e do manejo do pastejo, pode-se sair de 5 arrobas por hectare produzidas por ano para chegar aos patamares de 40 a 50 arrobas por hectare no ano. Para os produtores que arrendam terras de terceiros, existe a oportunidade de diminuir ou até encerrar os arrendamentos, melhorando a própria área. Outro benefício é se manter competitivo em relação à agricultura, pois uma área que produz na faixa citada de 40 a 50@/ha/ano tem condições de competir no uso da terra com outras culturas.

Portanto, faça adubação de pastagens e aumente seu rebanho e seu faturamento na mesma área! Victorhugo Cristino Torraca, Especialista Agropecuário do Departamento de Desenvolvimento Técnico e Mercado da Coopercitrus.

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