Em qualquer negócio que empreendemos, nós buscamos o lucro e, para que isso aconteça, é necessário conhecimento do assunto e planejamento. Trazendo esse conceito para a nossa realidade, com o objetivo de ter uma maior rentabilidade no sistema de grãos, abordaremos assuntos relevantes sobre soja e milho, elaborando um checklist de cuidados importantes ao longo do desenvolvimento da safra. Para facilitar, desmembramos o ciclo das culturas em tópicos importantes e seus pontos de atenção.
Planejamento
A maioria dos insumos utilizados em grãos é indexada em dólar, assim como o seu preço no Brasil que depende diretamente da flutuação cambial. Uma forma de blindar prejuízos em caso de queda de preço e ter um custo baseado na própria moeda do produtor, que é a sua produção, o Barter entra como ferramenta essencial para segurar esses custos de produção e facilitar o crédito.
Aliado ao Barter, outra modalidade crescente entre os produtores é o seguro agrícola, uma maneira de protegermos nossa lavoura de fatores que não conseguimos controlar. Nossa lavoura é uma indústria a céu aberto, o que nos expõe a riscos o tempo todo, principalmente climático. Ainda na etapa do planejamento, faz-se necessário conhecer o nosso ambiente de produção, ou melhor, o solo. A amostragem georreferenciada permite identificar o nível de fertilidade do solo e assim realizarmos aplicação de corretivos e fertilizantes para uniformizar nosso talhão.
Recomenda-se amostragem de 0-20 cm e 20-40 cm para resultados mais eficientes. Para essa prática, a Coopercitrus possui o Geofert, que gera mapas de nutrientes ao longo do perfil do solo pela amostragem como vemos pela Figura 1, o que permite mais assertividade na escolha de uma cultivar de soja ou híbrido de milho que mais se adapte ao nosso ambiente de produção.
Plantio
A etapa do plantio é a mais importante ao longo do ciclo e a boa manutenção da nossa semeadora é essencial. Com distribuição uniforme das sementes, evitamos competição entre as plantas e garantimos igual desenvolvimento inicial entre as plantas. A distribuição de fertilizantes na linha de plantio também deve ser uniforme, a fim de garantir a dose ideal em toda a linha de semeadura. Para isso, existem tecnologias de ponta que auxiliam no processo e controle de distribuição dos insumos e, claro, a regulagem para cada terreno é essencial para obter o melhor resultado operacional. Capricho não custa caro e faz muita diferença.
Para melhorar a distribuição de sementes no campo, além de um adequado sistema de plantio, outros cuidados nessa fase de são:
- Escolha de sementes de alto vigor e germinação para um melhor arranque inicial;
- Uso de inoculantes nas doses recomendadas pelo técnico, com associação de Bradyrhizobium e Azospirillum, prática conhecida como co-inoculação, com ótimos resultados e custo beneficio. Adubação necessária à cultura, de acordo com a produtividade esperada.
Vegetativo e Reprodutivo
Na etapa do vegetativo do milho e soja, nossa preocupação inicial é com as plantas daninhas que competem por nutrientes e água com as lavouras. O uso de pré-emergentes tem sido uma estratégia muito interessante por proporcionar melhor controle de invasoras, mas a dica é identificar as principais plantas daninhas de cada talhão para a melhor escolha do herbicida.
Ainda no vegetativo, pensando em milho, o principal cuidado é com a cigarrinha nos primeiros 40 dias da cultura, pois seu dano é tardio e tem causado sérios prejuízos aos produtores. Utilizar sementes tratadas, rotacionar ativos, produtos biológicos e aplicações de acordo com monitoramento da lavoura são soluções eficientes.
No caso da soja, no vegetativo e reprodutivo, a preocupação é com os percevejos e com as DFC, ou doenças de final de ciclo. O controle com os percevejos deve ser realizado de acordo com o levantamento dessa praga na lavoura e, para as DFC, o método mais recomendado é iniciar as aplicações desde o vegetativo, rotacionando moléculas ao longo do ciclo e em intervalo de 14 dias para garantirmos boa sanidade desde o terço inferior da planta, que auxiliará no controle de outra doença muito importante, a ferrugem asiática.
Nesse conceito de escolha de defensivos, precisamos refletir sobre um assunto: Adianta utilizarmos produtos de primeira linha e não termos uma boa qualidade de aplicação? A calibração do nosso pulverizador é um procedimento rápido e deve ser realizado antes do início de cada safra, mas não é uma prática muito adotada por produtores. Na Coopercitrus, você encontra o Fluxin, equipamento que realiza a aferição das pontas do pulverizador gerado mapas de vazão de cada bico a fim de corrigir possíveis erros.
Colheita
Esse é o momento mais gratificante para o produtor, mas também exige alguns cuidados. Boa regulagem da colhedora, lavoura livre de invasoras que prejudicam a colheita e geram impurezas, cuidado com a presença de plantas tóxicas e proibitivas, como mamona e fedegoso, principalmente em soja, plantas que, se forem identificadas na carga, tendem a gerar descontos ou até rejeição de carga. Todos esses detalhes que podem ser cruciais em comprometer nosso lucro.
Comercialização
Com o grão no caminhão, é importante que nossa produção seja depositada ou comercializada em silos que tenham transparência e segurança nas suas operações. As dicas para essa etapa são: planejar com antecedência sua venda, distribuir o risco do preço e não deixar para vender seu grão de uma só vez.
Considerações finais
Com essas informações é possível identificarmos os principais cuidados para obtermos lavouras mais rentáveis e ter lucro. A Coopercitrus tem como lema crescer como um todo, ajudando o cooperado em todas as etapas do seu sistema produtivo. Para conhecer um pouco mais sobre as soluções da Coopercitrus procure a unidade de negócio mais próxima e não deixe de acessar a plataforma digital da Coopercitrus Expo para conferir o maior acervo técnico digital.
Francielli Biazi, Consultora especialista em grãos da Coopercitrus