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Suplementação na época das chuvas

A evolução presente em nossos sistemas de produção de bovinos de corte sempre foi evidenciada na cria, recria e engorda dos animais por meio do melhoramento genético. Para expressar esse potencial de produção, uma alimentação de boa qualidade e bem balanceada é de suma importância para alcançar resultados desejáveis. A água também deve ser limpa e sem contaminantes.

O ciclo da criação de bovinos de corte pode ser considerado uma das atividades agropecuárias mais complexas e extensas, pois envolve insumos agrícolas, equipamentos e até o consumidor final, que exige, cada vez mais, uma proteína animal de boa qualidade na sua mesa.

Devido às características climáticas e territoriais, no Brasil, é predominante a criação de bovinos a pasto, seja em sistema extensivo seja semi-intensivo. Na maioria das vezes, somente o capim não é suficiente para suprir todas as necessidades dos animais e, para corrigir esse desbalanceamento, é necessário fornecer nutrientes suplementares.

Com a entrada do período das chuvas, o pecuarista deve explorar a sua principal fonte de volumoso da melhor maneira possível para alcançar bons resultados. Ineficiência no planejamento alimentar é sinônimo de baixa produtividade e, por consequência, diminuição dos lucros ou até prejuízo na atividade.

Se, por um lado, a pastagem disponível durante grande parte do período das águas possui teores adequados de proteína bruta (7 a 12%), por outro, existe um déficit de energia para a síntese de proteína microbiana no rúmen. Uma ferramenta para sanar esse baixo fornecimento de energia pelas forragens é o provimento de uma suplementação energética aos animais, visto que vários trabalhos demonstram ser possível ganho de peso adicional, em torno de 200 a 400 gramas/animal/dia pelo fornecimento apenas da mistura mineral.

É importante salientar a importância do “prato do boi”, ou seja, do cocho onde esse suplemento energético será fornecido aos animais. Ele deverá ser preferencialmente coberto para que não haja umidade no produto. Na maioria das propriedades, essa não é a realidade, por isso o tratador deve estar atento em dias de chuva. O importante é que tenha um espaço de 8 a 12 cm linear por cabeça para que todos tenham acesso ao suplemento.

A Coopercitrus possui uma linha de suplementos energéticos completa para atender à necessidade dessa época do ano, com produtos de 20% a 30 % de PB e com consumo esperado de 0,15% a 0,4 %, ou seja, de 150 a 400 gramas para cada 100 kg de peso vivo.

É de extrema importância apoio técnico para a definição do tipo de suplementação a ser adotada na propriedade, pois deverão ser considerados alguns fatores, como a espécie, a disponibilidade, a qualidade da forragem, a categoria animal, o sexo e o ganho esperado. Nenhum suplemento irá fazer milagre. É necessário bom manejo sanitário, boa pastagem e água de boa qualidade e em quantidade suficiente.

Brasilino Bassan Neto
Médico Veterinário
RT das Fábricas COOPERCITRUS – Araçatuba e Votuporanga

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