Também conhecida como blueberry, a fruta de origem norte-americana é rica em antioxidantes e faz sucesso ao redor do mundo. Conheça os segredos da produção do cooperado José Antônio Machado Pinto.
Mirtilo, ou blueberry, pequena fruta de cor azulada, sabor agridoce e rica em antioxidantes, é a joia mais preciosa na fazenda Rio Verde, do cooperado José Antônio Machado Pinto, na região de Reginópolis, SP. Ele é referência nacional na produção das frutinhas, que têm como destino principal a exportação para a Europa.
Antes de investir no cultivo do mirtilo, José Antônio era produtor de eucalipto. Em 2017, ele decidiu ceder parte de sua floresta para implantar a nova cultura. “Minha filosofia de vida é: o fácil todo mundo faz. A blueberry me chamou a atenção e resolvi estudar mais a fundo, verificar o custo-benefício e as oportunidades de mercado”, relata o cooperado, que viajou para o Peru e para o Chile para conhecer mais sobre o cultivo da fruta.
Embora seja uma cultura mais adequada para os climas frios, o protocolo de cuidados desenvolvido por José Antônio e sua equipe está rendendo bons resultados. Como o mirtilo se adapta melhor a solos mais arenosos, o cooperado utiliza um método diferenciado de plantio, em sacos. O manejo é feito em semi-hidroponia, em que é utilizado substrato semi-inerte para guiar as cerca de 6 regas diárias, feitas através de fertirrigação por gotejo. O controle habitual de pragas e daninhas é feito com defensivos específicos para fruticultura.
As plantas se desenvolvem em 350 mil vasos, distribuídos em uma área de 32 hectares. Depois de 6 meses de plantio, os arbustos começam a produzir e cada planta gera em torno de 1,5 quilo de fruta.
Pela delicadeza das frutas, a colheita é feita manualmente por cerca de 300 pessoas, que colhem os frutos azuis um por um, para preservar a casca.
Da lavoura, a colheita vai direto para o paking house na própria fazenda, onde é feita a seleção, higienização, embalagem e resfriamento em duas etapas: a primeira reduz a temperatura do mirtilo para 6 graus, garantindo sua proteção contra fungos. O segundo o leva para a marca de zero graus, preservando todas as propriedades da fruta por cerca de 30 dias, o tempo ideal para a exportação para países da Europa, como Alemanha e Espanha.
Experiência compartilhada
O cooperado acredita no aumento do consumo de blueberry no futuro. Por isso, ele está ampliando sua produção e incentivando outros produtores a cultivarem a fruta. Em uma área de 27 hectares, José Antônio está implantando uma lavoura, com plantio convencional, com uma média de 8.200 plantas por hectare.
Além disso, ele está instalando um viveiro de mudas, com capacidade de 500 mil plantas, contando com o suporte técnico do engenheiro agrônomo peruano Gabriel Tantaléan Requena, responsável por gerenciar e melhorar a produção do cooperado.
“Nós vamos oferecer mudas de boa procedência e suporte agronômico para quem deseja iniciar a produção. Se o produtor comprar sem saber como realizar o manejo, vai ter prejuízo, assim como eu tive no começo. A blueberry exige conhecimento e dedicação, e eu acredito que podemos ser bons aliados para disseminar as boas práticas da cultura”, afirma o produtor, salientando que o paking house também estará à disposição dos parceiros.
Na Coopercitrus, o José Antônio encontra os insumos, defensivos e fertilizantes apropriados para seu cultivo, além de soluções para irrigação e tecnologias para melhorar sua produção. A Coopercitrus sabe como é desafiador e, ao mesmo tempo, gratificante romper barreiras e fazer diferente. Por isso, incentiva os cooperados a investirem em tecnologia e em conhecimento, como forma de se desenvolverem e de alcançarem resultados sustentáveis.