Se formos ao “tio Google” vocês vão ver que monitorar ou inspecionar significam a mesma coisa no sentido geral. Mas quando estamos lidando com um pomar comercial de citros ao nível do agronegócio, precisamos separar as duas palavras no dia-dia. Isso porque o pomar é um agroecossistema onde muitos insumos e técnicas entram nele como investimentos na produtividade, dentre eles os fertilizantes e uma grande parte entra como protetores, que são os defensivos, biodefensivos, feromônios, hormônios etc.
É que na proteção da produção existem as pragas compostas por insetos e ácaros. Os insetos, na grande maioria, têm uma forma alada, ou seja, têm asas, portanto fortemente migratórias. São elas o Psilídeo do Greening, o Bicho Furão e as Moscas das Frutas, principalmente.
Monitoramento
Monitorar uma praga, devido a sua grande importância para a produção, significa dispor de ferramenta específica, desenvolvida pela tecnologia entomológica, para vigilância sobre ela no sentido de perceber a sua entrada no pomar ou no talhão. Com isso, se prevenir, evitando assim os danos que teriam na planta e em frutas. Em citros, os exemplos notadamente são o Bicho Furão, cuja forma alada é a mariposa para qual temos o feromônio de atração do macho em armadilha colocada na periferia para captar a entrada dela em voo migratório.
É um alerta para tomadas de decisões de controle imediato ou futuro, pois a captura é parcial. O outro monitoramento em uso é o das Moscas das Frutas. É feito por atração de ambas em armadilhas com substâncias nutritivas como melaço ou proteína hidrolisada, ou com feromônio para Ceratitis. O terceiro monitoramento, mais importante atualmente, é o de armadilhas amarelas adesivas para captura do Psilídeo Diaforina, que é um alerta para tomada de decisão de controle e evitar a infecção primária do greening na periferia do pomar.
Inspeção ou amostragem
A inspeção ou amostragem de pragas, em manejo, ao contrário de monitorar, é a contagem das pragas de forma sistemática em planilhas para informar ao manejador de pragas (gerente ou consultor), a situação espacial de cada praga no talhão para tomada de decisão de controle, seguindo níveis de ação, e quando possível, de não-ação (MEP), levando-se em conta que hoje em dia temos que adotar os dois manejos: Manejo do Psilídeo/Greening e Manejo Ecológico/Ecofisiológico de Pragas (Outras Pragas). Prof. Santin Gravena (GCONCI, KOPPERT, MERCON e CONPLANT)