Com o crescente interesse na agricultura de baixo impacto ambiental, os bioinsumos vêm se destacando como uma alternativa viável na produção. Entre os principais benefícios está a eficácia no controle de pragas, que reduz o uso de defensivos químicos e proporciona bons resultados na colheita e na receita.
A família Marcato, pioneira na adoção de biológicos em sua plantação de tomates na região de Bauru, SP, comemora resultados excepcionais que superaram suas expectativas. Os produtores alcançaram a marca de 10.000 caixas por ciclo, um crescimento de 10% na produtividade.
A história dos irmãos Marcato na agricultura teve início com os avós. “Somos a terceira geração de produtores rurais. Tanto nossos avós quanto nossos pais trabalhavam com o cultivo de café. Há 20 anos, decidimos arriscar e investir na produção de pimentões e, depois, no cultivo de tomates”, conta Tiago, demonstrando paixão pelo ofício e espírito empreendedor.
“Começamos a cultivar hortifruti porque muitos produtores na região estavam investindo em estufas. Gostamos do que vimos e o negócio prosperou”, acrescenta Claudinei.
A união e o bom humor são a marca registrada dos irmãos, que compartilham a gestão da propriedade. “Trabalhamos juntos desde os nove anos e estamos juntos até hoje”, conta Fábio.
Atualmente, a família cultiva pimentões das variedades gaston, patroni e ienes em 40 estufas; no cultivo de tomates, focam na variedade caniati. A produção, cultivada em três propriedades, abastece o mercado de mesa e o Ceasa da cidade. Além dos produtos hortifruti, a família Marcato também cultiva café.
Manejo de sucesso
O uso de bioinsumos na plantação de tomates começou em junho de 2023, com a aplicação em 20 mil pés. Nessa jornada os irmãos contaram com a assistência técnica da Coopercitrus, que os orientou na análise de solo e na escolha das tecnologias para combater pragas e alcançar alta produtividade na lavoura.
Vinicius Oliveira, consultor especialista em olericultura da Coopercitrus, explica que o principal desafio enfrentado pelos Marcato era a infestação de nematoides. “Após a visita à propriedade e extensas conversas com os cooperados, fechamos o protocolo. O primeiro passo foi realizar uma análise de solo para identificar o grau de infestação. Os nematoides-das-galhas são a espécie predominante na região. Com base nessas informações, pudemos realizar um manejo mais assertivo, com o uso de biológicos associados a defensivos químicos. Essa estratégia contribuiu bastante para o controle dessa praga.”
Parceria que cresce a cada dia
A parceria com a Coopercitrus foi fortalecida nos últimos meses com o trabalho dos especialistas e do Consultor Técnico Comercial (CTC) Jonatan Oliveira, que elaboraram o protocolo de manejo. Satisfeitos com os resultados, os irmãos planejam expandir o novo protocolo para 30 mil pés de tomate.
Claudinei brinca, dizendo: “Para nós, foi espetacular. Esperávamos bons resultados, mas foi melhor do que imaginamos”. Tiago comenta que o investimento dá resultado: “Seguimos à risca todas as recomendações da Coopercitrus. Compramos todos os produtos indicados — que não são baratos, mas valem a pena”.
Fábio enfatiza a importância de confiar nas orientações: “É preciso ter bom senso e seguir as orientações. Quem está perdido e não sabe o que fazer precisa receber orientação de quem sabe”, ressalta Fábio.
O protocolo desenvolvido na propriedade dos Marcato é recente, mas tem chamado a atenção dos produtores na região. “As pessoas nos perguntam o que fizemos e, quando passam por aqui, tiram fotos”, conta Claudinei, que incentiva outros produtores a investirem em manejo adequado para obter bons resultados.
“Com esses cuidados, além de combater os nematoides, o volume do tomate está maior. O nosso trabalho foi passando de boca em boca e temos recebido ligações de outros produtores nos perguntando o que fizemos”, conclui Tiago.
A Coopercitrus reafirma seu compromisso com a agricultura sustentável. Combinando produtos, serviços e a assistência de especialistas, a cooperativa contribui para o crescimento sustentável dos cooperados e promove a regeneração dos sistemas produtivos, preparando o terreno para uma agropecuária mais saudável.